A campanha de criação do
carro Fiat Mio foi concebida a
partir de palpites de consumidores
ao longo de mais de um ano
locaweb
Com soluções inteligentes e criativas, empresas
exploram cada vez mais o universo das mídias
sociais. Só é preciso tomar cuidado para não
adotar uma estratégia equivocada
Por
::
Fernanda Calgaro
Criar uma rede social na intranet
para a troca de ideias entre os
funcionários, como fez a Dell; associar o
nome da empresa a uma celebridade no
Twitter, a exemplo da Claro e do jogador
Ronaldo; ou ainda pedir o palpite de
internautas para montar um carro conceito,
como fez a Fiat. Mais do que lançar
produtos, receber reclamações ou tirar
dúvidas de clientes, as mídias sociais devem
ser vistas pelas companhias como um
poderoso meio de interação com o seu
público, tanto externo quanto interno.
A moeda de troca, porém, não é
econômica. Como o próprio nome diz, é social,
baseada no relacionamento. O desafio, então,
é saber usar as redes de maneira inteligente,
mas sem ficar se autopromovendo. "É a mesma
coisa se um rapaz se aproximar de uma garota
no bar e ficar dizendo como ele é legal, bonito
e simpático. Não é assim, a conversa tem
que fluir de outro jeito", afirma José Carlos
Rodrigues, professor de arena digital da ESPM
(Escola Superior de Propaganda e Marketing)
de São Paulo.
Da mesma
maneira, não dá
para a companhia
ficar apenas falando
bem de si mesma
nas redes sociais. "As
empresas não são
importantes, nem os
seus produtos. São
raras as exceções,
como o Google e a
Apple, em que os produtos são as estrelas e
todo mundo quer ler ou falar sobre eles."
E engana-se quem acha que o número
de seguidores noTwitter ou de integrantes na
comunidade do Orkut é medida de sucesso ou
eficácia. "Muitas campanhas de mídias sociais
têm como único objetivo bater meta numérica,
Mais do que lançar produtos ou tirar
dúvidas de clientes, as mídias sociais
devem ser vistas como um poderoso
meio de interação com o público
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NEGÓCIOS
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