internet
das
coisas
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REVISTA LOCAWEB
MUITO ALÉM DA IOT
A Internet das Coisas é a engrenagem central da Indústria
4.0, mas são necessárias outras tecnologias para fazer o
mecanismo funcionar. Uma delas é a rede de dados. É por
causa dela que os dispositivos se conectam. Vale destacar que,
embora 3G e 4G sejam usados hoje, esse mercado ainda precisa
de uma conexão mais potente para funcionar para valer.
“Um mundo de empresas conectadas demanda uma
infraestrutura de conexão mais robusta e ampla em relação
ao que temos disponível hoje. É aí que entra a tecnologia 5G”,
diz Nuno, diretor sênior de IoT na Qualcomm. “Essa plataforma
conectará bilhões de dispositivos da forma mais rápida,
segura e eficiente possível. Assim, será capaz de massificar a
Internet das Coisas.”
Como um dos princípios da Indústria 4.0 é a capacidade
de processar uma quantidade absurda de dados, o Big Data
também é uma tecnologia essencial para a operação. Seu
objetivo é reunir as informações de uma forma dinâmica.
Tudo para que as empresas possam analisar e tomar decisões
mais facilmente.
Outras tecnologias presentes no mecanismo da Indústria
4.0 são computação em nuvem (para armazenar dados),
realidade aumentada (usada no treinamento de funcionários)
e RFID (identificação por radiofrequência; ideal para rastrear
todos os movimentos dos produtos).
a se adaptar à Indústria 4.0
são a massificação de modelos
de negócios customizados
(por exemplo, serviços de
streaming e aplicativos de táxi),
o aparecimento de tecnologias
disruptivas (como inteligência
artificial, impressão 3D e
realidade aumentada) e a ideia de
um mundo totalmente conectado
por meio de redes de dados 3G e
4G – e 5G em um futuro não tão
distante (veja o quadro abaixo).
Com essa premissa, as
tecnologias encabeçadas pela IoT
prometem gerar produtos mais
personalizados para os clientes e
menos gastos para as empresas.
Uma das companhias que já
apostam nessa tendência é a
Adidas. Em parceria com a Carbon,
a marca criou a Futurecraft 4D,
uma linha de tênis de corrida feita
sob medida. Em vez de o usuário ir
até a loja, tudo o que ele precisa é
usar um scanner 3D em seu celular
que faz a leitura do pé, além de
outras medições necessárias,
dando vida a uma entressola e um
cabedal personalizados. É o início
da era da customização.
Personalização,
a palavra-chave
“O cliente pode ter o carro da
cor que quiser, contanto que seja
preto”. A famosa frase de Henry
Ford, que remete à sua linha de
montagem, não se encaixa mais
à demanda atual. Na época, o
revolucionário norte-americano
recorreu à tinta preta por ela ser
mais barata e secar mais rápido.
Assim, era possível montar e
entregar mais automóveis em
um curto período. Hoje, porém,
a roda girou e os consumidores
clamam por produtos
personalizados.
Para entender o que a
Indústria 4.0 promete trazer
para o mercado, vale fazer uma
analogia. Na hora de organizar
uma festa de casamento, os
Já é possível fazer
um carro com
diversos itens
personalizados
sem afetar a linha
de produção,
afirma João
Carlos, da
TRUMPF
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