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internet

das

coisas

31

REVISTA LOCAWEB

Ao atuar como

meios de

pagamento,

ferramentas de

token e outros

serviços, os

smartphones

transformaram-se

nos maiores

disseminadores

da tecnologia

computacional do que toda a Nasa

tinha em 1969, quando enviou dois

astronautas para a Lua. A afirmação

é do físico norte-americano Michio

Kaku. À época, o sistema da IBM

usado pela agência, que custou

quase US$ 3,35 milhões, ocupava

um espaço gigantesco e oferecia

apenas alguns megabytes de

memória – o que só permitia

executar centenas de operações

por segundo. A plataforma adotada

pela missão Apollo 11 contava com

máquinas commíseros 64 KB

de memória RAM e operava

com uma CPU de 0,043 MHz. Em

comparação, o iPhone 7 tem um

processador Quad-Core de 2.0 GHz

e 2 GB de RAM capaz de executar

milhões de cálculos por segundo.

Todo esse poder tecnológico

encontrado no bolso dá margem

para novos experimentos com

IoT. E o cenário global atual

contribui com a aplicação da

tecnologia em novos negócios.

Panorama geral

Até 2020, a perspectiva é

de que, entre celulares e outras

máquinas, o mundo tenha 50

bilhões de dispositivos conectados.

O número impressiona diante

da estimativa de que haverá,

no mesmo ano, 7,6 bilhões de

pessoas no planeta. Isso significa

uma média de 6,58 aparelhos por

pessoa, como atesta a pesquisa

realizada pela Cisco que levantou

esses dados. Para se ter uma

ideia da evolução, hoje apenas

15% desses dispositivos estão

conectados. Isso porque boa

parte das empresas ainda está no

estágio inicial de adoção da IoT.

“Para que um dispositivo

consiga conversar com outros,

é preciso respeitar três etapas:

conectar os aparelhos na rede,

torná-los inteligentes para

coletar dados e transformá-los

em autônomos para que

possam fazer esse procedimento

sozinhos”, explica Fábio Tagnin,

diretor de IoT para a Intel na

América Latina. “O problema é

que o custo inicial para conectar

todos os dispositivos é bem caro.

E, o pior, os empreendedores

não veem retorno rápido no

investimento”, complementa.

De acordo com Luli Radfahrer,

consultor em inovação digital e

professor-doutor de comunicação

digital da USP, a implementação

em larga escala de uma tecnologia

Fórum

Brasileiro

de IoT

Ligado ao similar europeu,

o Fórum Brasileiro de IoT

(www.iotbrasil.com.br)

nasceu em 2012 com o

objetivo de fomentar

a ampliação e o

amadurecimento da

tecnologia para que o

País possa desenvolver

soluções. Ele é dividido em

sete temas e cada empresa

participante trabalha

na área em que mais se

identifica: infraestrutura e

arquitetura, automotivo,

saúde, protocolos e

padrões, segurança,

educação e aplicações e

serviços. Frequentemente,

são elaborados relatórios

contando as novidades

em cada setor. Os

documentos são trocados

com o pessoal da Europa

e, se rolar interesse, as

empresas podem combinar

uma conversa ou até

participações em projetos.

Trata-se de um bom canal

para começar ou fomentar

empreendimentos.

Hoje, um carro

produz mais de

4 GB de dados por hora.

Seria sensacional

coletar esses dados e

entender a experiência

do condutor

Luli Radfahrer, consultor em inovação

digital e professor-doutor da USP

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