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REVISTA LOCAWEB

O

termo Internet das Coisas (em inglês, internet of things – IoT) nasceu

em 1999 e foi mencionado pela primeira vez por Kevin Ashton,

pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology

(MIT). Segundo ele, o conceito representa o momento em que dois mundos

distintos, o dos humanos e o das máquinas, se encontram. É quando o

computador deixa de ser usado e passa a se comandar.

Trocando emmiúdos, a IoT

representa a época em que os

objetos estarão conectados entre

si e em rede, de modo inteligente,

“sentindo” e interagindo com o

mundo ao seu redor. Algo que, em

muitos casos, já está acontecendo.

Para entender melhor tudo

isso, entretanto, vale a pena

pegar o túnel do tempo de volta

a 1982, quando programadores

modificaram uma máquina de

Coca-Cola para conectá-la

à internet e instalaram-na

na Universidade Carnegie

Mellon, localizada na cidade de

Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA).

A ideia era que, pela rede, os

profissionais pudessem verificar

o estado do eletrônico e também

se determinada bebida estaria

disponível antes mesmo deles

chegarem ao local. Esse foi um

dos primeiros experimentos

documentados dentro do conceito

de IoT documentados.

Se a Internet das Coisas

existe há tanto tempo, por que

só agora ganhou força para

realmente mudar a forma com a

qual você empreende? A resposta

é simples: finalmente as pessoas

se deram conta e passaram a

aceitar que essa tecnologia está

mudando para melhor o rumo de

suas vidas. Basta lembrar-se de

que, há alguns anos, apenas os

computadores e poucos celulares

estavam conectados à internet.

Agora carros, eletrodomésticos,

sensores industriais e até mesmo

dispositivos médicos, como

marca-passos e bombas de

insulina, conversam entre si. Tudo

online. E a tendência é aumentar.

Jetsons é passado

Para disseminar a proposta

da IoT, os entusiastas costumam

pintar o seguinte cenário: você

acorda e, logo pela manhã, a

casa inteira reage sozinha. A

cafeteira começa a preparar o

café no tempo certo para que, ao

sentar à mesa, você o encontre

quentinho; basta apanhar uma

fruta na geladeira para que

o próprio eletrodoméstico,

olhando seu histórico de

consumo, decida se é preciso

fazer um pedido ao mercado; o

seu carro liga automaticamente

alguns minutos antes de você

entrar no elevador para acionar

o ar-condicionado e manter a

temperatura confortável.

Esse é o universo dos sonhos

cuja tecnologia já existe faz

tempo, embora ainda seja pouco

acessível. Na prática, entretanto,

muitas outras coisas vêm rolando

de forma mais significativa.

“A IoT conecta qualquer

dispositivo que tenha uma

capacidade mínima de

comunicação e o objetivo de

coletar, em tempo real, os dados

que esses produtos geram. Com

isso, os eletrônicos são capazes

de construir soluções mais

inteligentes, de reagir rapidamente

a mudanças do ambiente e

tomar decisões na ponta”, explica

Nuno Simões, diretor sênior de

IoT na Qualcomm. “Nesse novo

mundo, as empresas podem

oferecer produtos e serviços

até então inimagináveis, como

câmeras de segurança que

identificam suspeitos e lâmpadas

que controlam a intensidade

do farol de um carro de acordo

com o tráfego”, completa. E é

nesse tipo de solução que os

empreendedores devem focar.

Os maiores responsáveis

pelo enraizamento da IoT até

o momento são os telefones

celulares. Aos poucos, os

smartphones passaram a

conversar com a nuvem e com

outros objetos ao redor, como a

televisão e o computador. Hoje, já

são usados como token bancário,

cartão de crédito, documentos

oficiais e muito mais. É um

mercado em expansão, com alto

poder de investimento.

A prova disso é que a

tecnologia embarcada nesses

dispositivos possui mais poder

Para Nuno, da

Qualcomm, o

importante nesse

momento é parar

de fantasiar coma

IoT e aplicar seus

conceitos em algo

que mude a vida

das pessoas