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S
em nunca ter frequentado
uma academia, o engenheiro
Jonas Colantonio acabou tendo
de aprender bastante sobre o
universo do fitness. Há mais de
cinco anos, ele está à frente da
Saúde Já (
),
uma loja virtual que tem
como carro-chefe a venda de
suplementos alimentares,
produtos para emagrecimento
e artigos esportivos.
A ideia de
abrir um e-commerce nesse ramo
veio quando ainda trabalhava na
sua construtora. “Eu buscava algo
para fazer em paralelo, talvez uma
franquia. Comecei a pesquisar e
decidi apostar na internet depois de
avaliar o seu potencial”, conta.
Para montar o plano de negócios,
ele fez uma extensa análise dos
possíveis nichos em que poderia
investir, usando ferramentas
disponíveis na própria web,
como o Google Trends, serviço do
Domundo virtual
para o físico
CASE4
buscador que aponta padrões de
busca na internet. E uma das áreas
que despontava como promissora
era justamente a área de saúde e
estética. “Eu buscava algo que não
fosse encontrado com facilidade nos
grandes magazines.”
Os primeiros anos foram mais
de aprendizado e de estruturação,
pois não existiam muitas opções
de tecnologia ou cursos. É verdade
que, por outro lado, ele pôde tirar
muitas dúvidas com seu irmão,
Ronald Colantonio, que anos antes
havia aberto a loja virtual PróSpin
(veja mais à página ao lado). “Nos
primeiros seis meses, trabalhava
cerca de 15 horas por dia, inclusive aos
sábados e às vezes aos domingos.”
A partir de 2009, a Saúde Já
começou a crescer a passos largos. A
equipe, que só tinha uma pessoa no
início, passou para 40 funcionários.
E, em 2011, as duas primeiras lojas
físicas com os produtos de saúde
abriram as portas, uma na cidade
de Santo André e outra no bairro do
Ipiranga, em São Paulo. Mais lojas
devem ser inauguradas em outras
partes da cidade.
“Decidimos instalar as lojas
porque notamos que alguns
consumidores tinham medo de
comprar pela internet, ou então
preferiam pegar o produto na mão,
algo ainda bem comum. Muitos
gostam de consultar o produto no site
e comprá-lo na loja”, explica Jonas.
No futuro, o objetivo é integrar as
lojas com o site para dar ao cliente
a opção de receber pelo correio em
casa ou retirar pessoalmente.
O crescimento da loja eletrônica
atraiu a atenção de investidores:
em 2010, o aumento nas vendas
foi de 110%, em 2011, de 59% e a
expectativa para 2012 é aumento
de 60%. O empresário diz já ter
recebido cinco propostas de
empresas norte-americanas
querendo comprar o site, mas
recusou todas. Uma das suas
recentes investidas foi a abertura de
um novo e-commerce em parceria
com a PróSpin, do seu irmão, e
uma empresa canadense. A receita
de sucesso dele? “É preciso muita
dedicação e manter o foco, além de
pesquisar bem o mercado no qual
planeja entrar.”
Começar um negócio
virtual exige tanta
dedicação como em uma loja
física. Faça antes uma boa
pesquisa sobre o mercado
no qual pretende atuar,
escolha um produto com
cuidado e trabalhe com uma
plataforma eficiente de
e-commerce, sem tirar o
foco dos concorrentes.
Dica de sucesso
É preciso se dedicar
Sucesso de vendas a partir do site deu
impulso para a abertura de filiais físicas