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REVISTA LOCAWEB

S

e nos últimos tempos você ouviu falar que fazer contato por e-mail é uma estratégia

ultrapassada na relação entre empresas e consumidores, talvez seja interessante

voltar a abrir a mente para essa ferramenta. Mesmo após ter recebido sentença de

morte de muitos “gurus da internet”, o e-mail marketing continua sendo o meio mais efetivo

de comunicação e conversão no e-commerce. Prova disso é que 77,2%das empresas

brasileiras usam e-mail marketing e, delas, 96,7% acreditam em sua eficácia e 52,1%dizem

ter sucesso moderado ou bom, apontando um retorno sobre investimento (ROI) 256%

superior ao das companhias que não o utilizam ou o usam erroneamente. Os dados são da

pesquisa “Email Marketing Trends 2017”, realizada pela agência Rock Content.

Não se esperava menos de

uma técnica que é capaz de

engajar leads, nutrir e educar

a base de contatos, promover

conteúdo, ajudar no processo

de fidelização de clientes e,

de quebra, vender produtos e

serviços. Se na internet tudo tem

seu momento de hype e logo cai

no esquecimento, com o e-mail

marketing a história é outra. Lá

se foram 20 anos e nada abala

seu prestígio.

E olha que nesse período

surgiram ferramentas poderosas,

como anúncios segmentados,

branded content com

influenciadores e WhatsApp

Marketing. “Creio que essas novas

mídias não devem ser vistas

como concorrentes, mas como

recursos a mais para tornar efetiva

a estratégia de comunicação

da empresa”, diz Rafael Alves,

diretor de branding da agência de

marketing Convertte.

É fácil entender porque muita

gente desacreditou no futuro

da ferramenta. Inicialmente, as

pessoas recebiam pouquíssimos

e-mails por dia, o que fazia as

mensagens de marketing se

destacar. Quando o volume

cresceu, a atenção do usuário

foi dividida e as chances de

as mensagens irem parar na

caixa de spam aumentaram

exponencialmente.

Também não se pode negar

que o correio eletrônico perdeu

sua relevância como ferramenta

de comunicação direta e passou a

ter um papel maior de identidade

digital para os internautas. Foi

justamente esse novo status que

deu fôlego ao e-mail marketing.

Afinal, todo tipo de transação

pode ser realizada atualmente via

e-mail, da matrícula na faculdade

à marcação de consultas médicas.

É muita relevância concentrada

em uma única ferramenta.

“Entre em contato com

os CEOs dos 30 maiores

e-commerces do Brasil e pergunte

se, por apenas uma semana,

topariam deixar de disparar e-mail

marketing para a sua base de

contatos”, provoca Felipe Morais,

coordenador do curso MBA de

Marketing Digital, da Faculdade

Impacta. “Se um, apenas um,

disser que sim, eu mudo a minha

opinião e decreto a morte do

e-mail marketing agora mesmo.”

Adaptar-se

para prosperar

Thaiza Pagliarussi, diretora

de marketing da livraria Saraiva,

afirma que, ao longo dos anos, é

possível observar uma curva de

aprendizado na forma como as

empresas entendem a relevância

e o tratamento analítico das

informações coletadas via e-mail

marketing. “Essa evolução no

uso da técnica trouxe muitos

ganhos para as companhias e a

transformou em uma poderosa

ferramenta estratégica”, conta.

Uma nova ciência que estuda

o comportamento do consumidor

também tem ajudado o e-mail

marketing a prosperar. Conhecida

como neuromarketing, a análise

auxilia as empresas a entregar

mensagens mais consistentes e

capazes de influenciar a tomada

de decisão dos usuários.

“As pesquisas em

neuromarketing podem

entender quais são as palavras

e frases que mais mexem com o

cérebro humano e impulsionam

a abertura de e-mails, por

exemplo”, diz Felipe, que também

é especialista na técnica. Ele

explica que, em breve, a mídia

digital será o principal canal

de comunicação com o cliente.

Assim, a técnica tem tudo para

melhorar produtos, campanhas

e atendimento, uma vez que

a marca conseguirá entender

Felipe, da

Impacta, acredita

que o avanço em

ciências como

neuromarketing

contribui ainda

mais para a

divulgação via

correio eletrônico