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REVISTA LOCAWEB
idade fãs de inovações – tenham
uma conta digital controlada via
aplicativo para Android e iOS.
Diferentemente do cartão roxo que
trabalha apenas com crédito, eles
usam apenas a função débito.
A ideia do banco 100%
digital surgiu após o fundador,
Pedro Conrade, ter uma péssima
experiência com um serviço
tradicional. Ele usou R$ 1,30
do limite e teve de pagar R$ 40
de juros. Ao tentar resolver o
problema, enfrentou um péssimo
atendimento. Cada hora era
jogado para um novo atendente.
Foi aí que viu que o mercado
estava carente de uma solução
mais simples e transparente.
“Um dos nossos maiores
diferenciais é que a pessoa que
começa o seu atendimento será a
mesma que o finalizará. O cliente
é acompanhado por um único
atendente, não tem essa de ficar
repassando o problema”, conta
Alexandre Alvares, CMO do Neon.
“Ele ainda pode nos contatar 24
horas por dia, sete dias na semana,
nos mais diferentes meios de
atendimento. Além do tradicional
telefone, marcamos presença em
Facebook, Twitter, Instagram, bem
como e-mail e chat no aplicativo.”
Esse modelo de negócio que
conquistou os millennials abriu
os olhos das corporações mais
tradicionais. Tanto é que algumas
empresas, como Motorola e Brasil
Pré-Pagos, passaram a adequar
seus produtos para a era digital.
Ao que tudo indica, esse é um
caminho sem volta.
Nova abordagem
“Os hábitos da geração
millennial já estão mudando o
mercado. O meio tradicional
de pagamento, por exemplo,
está perdendo espaço. Quem
tem 20 anos prefere resolver tudo
pela internet. Não há necessidade
de ter um atendimento presencial.
E esse comportamento não vai
mudar quando ele completar
50 anos”, afirma Paulo Renato
Della Volpe, presidente da Brasil
Os millennials
emnúmeros
Quando a influência dos mais jovens é
traduzida em estatísticas, o mercado deve
abrir os olhos para atender a demanda
Pré-Pagos, especializada em
meios de pagamentos.
Para agradá-los, a empresa
sentiu que era necessário criar
uma solução simples de cartão
e banco para quem não usa
crédito. Como parte da estratégia,
firmaram parcerias commarcas
queridinhas desse público. Entre
elas está a revista
Capricho
. “É
um produto que tem o intuito de
ensinar economia e finanças para
garotas. Com ele, as jovens podem
realizar compras e saques e ainda
conseguem acompanhar seus
gastos por meio de um gráfico
didático”, explica Paulo.
Ao analisar o perfil do
público-alvo da
Capricho
, a
empresa descobriu que uma
de suas maiores características
é comprar muito pela internet.
E, principalmente, via celular.
Informação que também foi
observada nas análises feitas pela
network internacional de firmas
PwC. “A jornada de compra dos
millennials passa pelo menos uma
vez pelos dispositivos mobile.
Seja na hora de consultar opiniões
nas redes sociais, acessar o site
da loja, comprar efetivamente o
produto ou rastrear a entrega”,
comenta Ricardo Neves, sócio
de network. “E quando falamos
em adquirir algo, não estamos
falando apenas de e-commerce.
Qualquer ação que precise do
cartão é válida, desde uma
refeição solicitada no iFood até
uma geladeira adquirida nas
Casas Bahia”, acrescenta.
De acordo coma pesquisa sobre
a indústria de varejo “Total Retail
2017”, realizada pela PwC, 19%da
geraçãomillennial compra produtos
online semanalmente, contra 16%
dos internautas commais de 35
anos. Outros dados relevantes
são: 54%dos jovens pesquisamos
produtos antes de comprar e 47%
comparampreços entre empresas
concorrentes. Para conferir a análise
completa, acesse
http://lwgo.to/1cl.O estudo está em inglês.
Na prática, a pesquisa se
mostra verdadeira. Que o
51milhões
é o número de
millennials no Brasil;
o que torna o País
o sétimo commais
pessoas nessa faixa
etária nomundo
70%
sentem-se
responsáveis por
compartilhar boas
emás experiências
commarcas
80%
quer que as
empresas gerem
entretenimento
nas redes sociais
56%
dos
jovens afirmamque
costumamestar
entre o primeiro
grupo a usar
alguma novidade
tecnológica
25 horas
por semana.
Esse é o tempo
médio que eles
passamonline.
46%
têmmais de
200 amigos
no Facebook
50%
estão dispostos
a realizar uma
compra de uma
empresa que
apoie uma causa
importante
87%
usamentre dois e
três dispositivos
tecnológicos
pelomenos uma
vez ao dia
75%
afirmamque é
importante que
uma empresa
faça algo emprol
da sociedade
Obs.: dados coletados
por Millennial Marketing,
Forbes
e ONU.