COMOCOMEÇAR
Dica 1:
o valor de uma
ideia é próximo de zero
Quanto menos você falar sobre a ideia,
menores as chances de sucesso. Tente
primeiro testar sua ideia com pessoas
próximas a você. Depois, procure
indicações de pessoas que entendam do
mercado ou necessidade que sua ideia
se propõe a resolver. Explique também
aos seus futuros clientes. Quanto mais
feedback você tiver, mais desenvolverá
sua ideia original.
Dica 2:
defina objetivos:
empresa ou startup
Se você aprendeu bem o que é uma
startup, precisa de algo que dará um
retorno dez, cem, mil ou mais vezes
maior do que foi investido. Por isso,
pense bem se você está empreendendo
pelas razões certas e com suas
expectativas alinhadas.
Dica 3:
fuja do
efeito manada
Você pode até começar uma pequena
empresa copiando uma ideia promissora
que já apareceu em vários lugares.
Mas para começar uma startup, essa
é uma estratégia péssima. Em 2010, o
mesmo comportamento gerou dezenas
de sites de compra coletiva, e poucos
irão dominar esse mercado. O foco da
sua startup deve ser lançar a tendência,
e não copiá-la.
Dica 4:
quanto mais
simples, melhor
Quanto mais complexa a ideia, maior
o custo necessário para executá-la e
operá-la no futuro. Seus futuros clientes
querem uma solução barata e rápida
para seus problemas, não uma solução
sofisticada. É bem mais fácil elaborar
uma ideia complexa do que ter um estalo
simples que pode mudar o mundo.
Dica 5:
faça algo de que
você gosta
Grande parte das startups de sucesso
veio de soluções muito próximas à
realidade do empreendedor, e não
porque eles desejavam milhões. Mesmo
percebendo o potencial da ideia e até
tentando torná-la um negócio global,
muitos simplesmente não conseguiam
tirá-la da cabeça e precisavam colocá-la
em prática. A analogia mais próxima
no mundo corporativo seria encontrar
o emprego dos seus sonhos: você faz
o que gosta, e ainda é pago por isso.
Portanto, pense sim no pote do ouro ao
fim do arco-íris, mas não se esqueça
de que a chave é uma solução para
problemas mal resolvidos, ou que cria
novos mercados.
Empresas como a Aceleradora (
) ligam investidores e
empreendedores, realizando coaching para transformar startups em negócios viáveis
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empreendedorismo
Onde estão os nossos Google,
Facebook e Apple?”, questiona José
Alberto Sampaio Aranha, diretor do
Instituto Gênesis da PUC-Rio, que
engloba uma incubadora de empresas.
Para Aranha, os novos negócios
precisam nascer com noção financeira
e de governança parecidos com os das
grandes empresas, com transparência
nas contas e processos definidos entre
os sócios.Além disso, segundo ele, há
carência de cursos de formação.
De acordo com dados do Sebrae,
uma em cada quatro empresas fecha
suas portas após o primeiro ano de
vida.“O motivo mais comum é a falta
de planejamento”, declara o consultor
do Sebrae-SP, Reinaldo Messias.
Outro deslize, segundo Aranha, é
achar que dá para fazer tudo sozinho.
“Geralmente, os cérebros por trás das
startups são criativos, porém técnicos.
Carecem de desenvoltura nas áreas
financeira e de gestão. O ideal seria
buscar sócios com essas aptidões.”
Gustavo Guida Reis, fundador do
BondFaro e hoje dono do Help Saúde
(veja mais na pág. 36), tem a mesma
opinião do diretor do Instituto Gênesis.
“Procure os sócios adequados para
complementar suas deficiências. Não
subestime a contribuição dos outros
porque, para uma empresa dar certo, é
preciso o equilíbrio entre diversas áreas.
No caso de startups web, marketing,
design e negócios, além deTI, têm de
andar juntos”, garante.
Márcio Nunes, da Bitix, empresa
que desenvolve aplicativos para
smartphones e tablets (veja mais
na pág. 35), acha que é impossível
conduzir uma startup sozinho.“É
preciso criar produto, contratar e
reter os melhores profissionais, cuidar
das finanças, fazer marketing. Por mais
que se tenha experiência, não dá pra
ficar responsável por tudo. Com sócios
estratégicos cuidando das principais
áreas da empresa, tudo ficou mais fácil
e estou livre para fazer o que mais sei.”
locaweb
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