A base da Apple foi criada em uma garagem. Hoje, a famosa empresa da maçã
desenvolve produtos como o iPad e fatura milhões em todas as partes do planeta
As incubadoras de empresas
são uma alternativa para fazer a ponte
entre o conhecimento técnico e a
administração do negócio. Como o
nome sugere, elas são ideais para ajudar
um empreendedor a amadurecer
a ideia e ser capaz, depois de um
tempo, de caminhar com as próprias
pernas. Há quase 30 anos no Brasil, o
movimento de incubação de empresas
evoluiu, mas ainda é menor do que em
outros países, como Estados Unidos.
Além do espaço físico, as
incubadoras oferecem cursos para
capacitar àqueles que têm um projeto
inovador. De acordo comAranha, é
preciso que haja ambientes propícios
para o desenvolvimento de negócios.
“Não há mágica: é preciso juntar
capital intelectual (pessoas preparadas),
social (pessoas com diversas
aptidões), financeiro e espacial (parte
física, estrutural).” Segundo dados da
Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos
Inovadores. (Anprotec), o Brasil tem
mais de 400 incubadoras distribuídas
em 25 Estados. Nos últimos 25 anos,
o País vem percebendo que elas
são um viés importante para o
crescimento do empreendedorismo.
Mais de 6.300 empresas
participam desse ambiente e geram
faturamento médio anual de
R$ 2,5 bilhões, conforme números
da entidade.As incubadoras mais
conhecidas são as de base tecnológica,
que exigem algum tipo de inovação
envolvendo tecnologia. Há também as
tradicionais, mistas, sociais e culturais.
Calcula-se que 10 mil negócios devem
ser graduados até 2020. Estudantes,
cientistas e empreendedores que
tenham uma ideia e queiram fazer
parte de uma incubadora precisam
certificar-se de que o projeto é
inovador antes de participar do edital.
“A incubadora é um
elo entre a empresa e
a instituição de conhecimento
para ajudar a desenvolver o produto”,
explica Reinaldo Messias, consultor do
Sebrae-SP. “Sem apoio, o empresário
bate cabeça, gasta dinheiro e pode até
desistir pelo caminho”, decreta Aranha.
Entre os requisitos, está a
elaboração de um plano de negócios.
Além disso, existe a necessidade de
analisar as condições econômicas
para o negócio surgir e crescer. Cada
incubadora abre o edital para a seleção
de empresas em uma data própria.
As áreas mais buscadas
são biomedicina, biotecnologia,
multimídia, educação a distância,
energias alternativas, tecnologia da
informação, internet, instrumentação,
automação, laser, mecânica de precisão,
fitoterápicos, meio ambiente, novos
materiais, química fina, softwares
especialistas, telecomunicação e
aplicações técnicas nucleares.
Além de estimular a inovação,
as incubadoras têm o potencial de
gerar postos de trabalho. Segundo a
Anprotec, as empresas neste ambiente
já geraram 35 mil empregos diretos.
Em média, as empresas ficam incubadas
entre três e seis anos.
As incubadoras podem, inclusive,
ajudar na hora de captar recursos.
“Estar ligado a uma universidade abre
portas.Traz credibilidade ao investidor
de capital de risco”, explica Aranha.
Os negócios precisam nascer com noção
financeira e de governança parecidos com
os das grandes empresas, com transparência
e processos definidos entre os sócios
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