ERROSCOMUNS
1.
Esconder a ideia
O mais indicado é usar o feedback dos
amigos para tentar melhorá-la. É comum
que as pessoas de fora enxerguem
pontos que o empreendedor não vê.
Segundo Yuri Gitahy, não é necessário
detalhar o projeto. Apenas fale sobre ele.
2.
Impor barreiras
Se você fica cansado só de pensar
em todas as reuniões e portas que vai
precisar bater para concretizar um
projeto, é melhor buscar outro caminho.
Não espere que um investidor se
convença a investir na sua ideia de cara.
3.
Investidores errados
Antes de sair em busca de recursos, o
empreendedor precisa mapear o mercado
e encontrar investidores com perfil
certo. “Estude antes com quem você vai
conversar e faça uma abordagem focada
e direta”, ensina Gitahy.
4.
O “achismo”
O que vale não é o potencial da ideia e
sim a execução do projeto. Não se iluda,
nem tente convencer os outros de que a
startup vale milhões. “Mantenha os pés
no chão e busque gerar receita.”
5.
Família x Empresa
Chamar amigos e familiares para
trabalharem informalmente no projeto é
um erro comum nas empresas iniciantes.
Deixe claro quais são os direitos, deveres
e percentuais das partes envolvidas.
6.
Fazer um produto
para si mesmo
Não crie um produto e já tente vendê-lo.
Prepare-se e desenvolva o projeto de
forma que o cliente aceite pagar por ele.
Uma pesquisa de mercado ajuda muito
para evitar esse erro.
7.
Global x Local
Foque no mercado global. “Startup é
quando você cria um negócio que tenha
escala. Você coloca pouco dinheiro
e sabe que vai receber muito. Pense
grande”, ensina.
*Fonte: Yuti Gitahy, investidor, mentor e
fundador da Aceleradora
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empreendedorismo
A lição de Israel
Quando o assunto em debate é
empreendedorismo e inovação, o Brasil
tem muito a aprender com Israel, um
país que tem pouco mais de 60 anos,
7,2 milhões de habitantes e território
menor que o do Rio de Janeiro.
Israel investe o maior percentual
de suas riquezas em pesquisa e
desenvolvimento: 4,5% do Produto
Interno Bruto (PIB). Em seguida, estão
Japão (3,2%), Estados Unidos (2,7%) e
Coreia do Sul (2,6%).
No Brasil, os dados mais
recentes são de 1,2% do PIB. Em
2009, o número total de startups
chegava a 3,8 mil, sendo uma empresa
de tecnologia para cada 1,8 mil
israelenses. De lá saíram, por exemplo,
os microprocessadores Centrino e
Pentium 4, da Intel, o comunicador
instantâneo ICQ, que foi vendido para a
America Online em 1998 por US$ 400
milhões, o pendrive (vendido à Sandisk
por US$ 1,6 bilhão) e o firewall.
Por trás desse fenômeno,
dizem especialistas, está a união de
necessidade, espírito empreendedor
e ousadia. Sem falar em uma vasta
rede de contatos, além de uma quase
simbiose entre o ambiente acadêmico
e a iniciativa privada.
Por aqui, sempre soou bem ter
um emprego formal, com patrão, hora
de entrada e saída, além de benefícios
trabalhistas, como férias, 13º salário
e Fundo de Garantia. É uma questão
cultural.“Fomos treinados para a cultura
fordista”, avalia Messias, do Sebrae-SP.
“Apenas a informação pode reverter
isso.As crianças precisam ter noções
de empreendedorismo desde cedo.As
escolas e universidades têm obrigação
de detalhar o tema e preparar os
jovens. Sem falar que é preciso divulgar
o que são as incubadoras e como elas
podem apoiar quem está começando”,
frisa Aranha.
Apesar de tímida, nota-se uma
movimentação em torno do assunto.
Existem grupos como BRNewTech
(
)
, Edeavour
(
)
e
Aceleradora
(
que, ante o cenário brasileiro,
tentam auxiliar a formação de
empreendedores e a estratégia
das startups. Elas ligam investidores
e empreendedores, realizando
coaching para transformar startups
em negócios viáveis.“A mudança é
impressionante. Quando comecei, era
basicamente cada um por si”, afirma
Gustavo Guida Reis, do Help Saúde.
“Hoje, vejo iniciativas importantíssimas,
organizadas por empreendedores, que
ajudam a forjar essa cultura de forma
brilhante. Esse ecossistema favorece
o surgimento de novas empresas e
beneficia toda a sociedade.”
Mas uma regra é clara.“Para a
empresa ser atrativa (para investidores
ou compradores), é preciso que esteja
crescendo. Para isso, é preciso muito
trabalho, antes de mais nada”, finaliza
Reis, empreendedor desde 1999.
Para se inspirar, confira nas
próximas páginas dez histórias de
sucesso de empreendedores que
apostaram em seus talentos e ideias
para vencer.
As incubadoras são ideais para ajudar
um empreendedor a amadurecer a
ideia e ser capaz, depois de um tempo,
de caminhar com as próprias pernas
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