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Gameéassuntodegentegrande
O uso de jogos em campanhas de
marketing pode se tornar uma ferramenta
mais poderosa que as mídias sociais
::
opinião
_
mercado
“Gameficação” é a palavra da
hora. Ela representa mais ou
menos o seguinte: colocar uma
camada de game em um site, um
conteúdo ou uma transação que faz
com que a página fique mais fácil e
gostosa de usar. Como resultado,
cresce a motivação do uso, a atração
de clientes, a fidelização e o sonhado
engajamento com a marca.
O tema esteve em apresentações
no SXSW
(
)
, realizado
de 11 a 15 de março emAustin, nos
EUA.Trata-se de um dos principais
encontros mundiais da indústria de mídia
e entretenimento.
No ano passado, o SXSW foi
marcado por discussões sobre serviços
mobile de localização, como Foursquare
e Gowalla. Já na edição 2011, houve
forte consenso de que os games devem
extrapolar os consoles, deixar de ser
mero recurso de lazer e roubar a cena no
relacionamento entre marcas e público.
Durante palestra, Seth Priebatsch
(que se define como “Chief Ninja” da
empresa SCVNGR) defendeu que, se a
década passada foi das mídias sociais, a
nova década será dos games.
Para o “Chief Ninja”, poderemos
aproveitar a mecânica dos jogos para
alcançar inúmeros objetivos. Priebatsch
diz que o uso inteligente dos games
pode melhorar a educação, capacitar as
empresas e tornar a vida de todos mais
divertida. E vai além: a nova onda será
mais poderosa que a revolução das mídias
sociais. Parece um bom momento para
o mercado de comunicação entender
que o público tem franca preferência por
conteúdos divertidos e interativos, em
detrimento dos estáticos – sem falar nas
insuportáveis interrupções comerciais. É
a hora ideal também para perceber que
os conteúdos fun não estão restritos
a marcas jovens ou informais. Eles se
encaixam em campanhas de empresas
“mais sérias”, como bancos, redes de
supermercados e de tecnologia.
Um case recente vem da Starbucks
dos Estados Unidos, que usou a mecânica
dos games em uma ação na qual os
clientes ganham pontos, benefícios e status
ao destravar um nível e passar para o
seguinte. Lembra de leve os programas
de milhagem das companhias áreas, mas
oferece muito mais possibilidades.
Não se trata, portanto, de usar a
estética dos games, mas sim de explorar
a estratégia dos jogos e seu absurdo
poder de motivação – vale lembrar que a
indústria dos games fatura mais que a do
cinema. Ou seja, o mercado sinaliza com
uma mensagem clara para os profissionais
de comunicação: se você não se liga muito
em games ou acha que são algo voltado
para crianças e adultos infantilizados,
talvez seja hora de repensar o assunto.
Marcelo Trípoli,
presidente da agência
de marketing digital
iThink e autor do blog
ifound.com.br
E-mail:
marcelo.tripoli@
ithink.com.br
Twitter:
@marcelotripoli
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