especial
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REVISTA LOCAWEB
No marketing
tradicional
buscamos conquistar
usuários e construir
uma marca. No growth
hacking, focamos
exclusivamente o
crescimento
Tahiana D’Egmont, chief marketing officer
da MaxMilhas
Por dentro do
growth hacking
É importante destacar que,
apesar de lidar com objetivos
parecidos, growth hacking é bem
diferente de marketing digital. “No
marketing tradicional estamos
buscando conquistar usuários e
construir uma marca. No growth
hacking, focamos exclusivamente
o crescimento. O growth hacker
não tem outra função a não
ser atingir o crescimento”,
afirma Tahiana D’Egmont, chief
marketing officer da MaxMilhas e
especialista em growth hacking.
A profissional destaca que,
geralmente, o background
dos profissionais de growth
hacking é bem diferente dos que
trabalham commarketing. É
possível encontrar growth hackers
ligados aos ramos de engenharia,
estatística ou programação.
“Isso ocorre porque a forma de
resolver problemas está associada
ao levantamento de hipóteses e
testes de base tecnológica, muitas
vezes, envolvendo automação,
análise de dados e alterações no
código e na interface do produto.
O mais curioso é que esse tipo
de profissional não pode ser
engessado. Ele precisa conhecer
espaço para armazenar os seus
próprios dados. É algo que todo
usuário precisa e, ao mesmo
tempo, uma coisa barata para
o Dropbox. Muita gente copiou
esse modelo, incluindo empresas
renomadas, como Airbnb, mas
poucos tiveram o mesmo sucesso
porque é uma técnica que
funciona excepcionalmente bem
com o produto da plataforma de
armazenamento”, conta Ramon.
O especialista ainda ressalta
que as ferramentas de growth
hacking devem ser renovadas
constantemente, pois podem
ficar saturadas, prejudicando os
resultados. Quando queria se
tornar mais popular, o PayPal, por
exemplo, dava dinheiro para os
clientes que indicassem amigos.
Ao longo do tempo, o método
começou a ser muito usado e ficou
impraticável para e empresa. Por
conta disso, ela deixou de usar o
“hack” para focar novos métodos
de crescimento.
É importante destacar que
os resultados gerados pelo
trabalho dos growth hackers
não têm fórmulas mágicas. O
processo exige muitas tentativas
e erros. “Cada técnica utilizada
tem o seu tempo e taxas médias,
dependendo do segmento de
mercado. O que precisa ficar
emmente é que o crescimento
é acelerado. Por isso, deve-se
esperar sempre um resultado a
curto ou médio prazo”, diz Fabio
Ricotta, CEO da Agência Mestre.
psicologia comportamental,
usabilidade e ser bastante
criativo. É um perfil raro de se
encontrar”, completa Tahiana.
Apesar de sermuito comumem
startups, o growth hacking é eficaz
emdiversos segmentos domercado.
Isso porque os profissionais da área
desenvolvemsoluções tecnológicas
personalizadas para cada empresa.
Bruno deOliveira, fundador da
Cartuchos.etc e especialista
eme-commerce, conta que as
estratégias “call to action”, que
chamamo visitante para uma ação,
podemser uma boa opção para
criar interações entre o usuário e o
produto da empresa. “Uma dica,
alémde experimentar diferentes
textos, é trocar a cor dos botões.
Passe de laranja para verde, por
exemplo. Fazer essa alteração
simples podemudarmuito o
resultado final”, afirma o especialista.
Estratégias
e manutenção
Algumas estratégias
funcionam tão bem com
determinados produtos, que
dificilmente conseguem ser
copiadas por outras empresas.
“Um bom exemplo é o programa
de convites do Dropbox. Para
cada pessoa que você convidar
para o serviço de armazenamento
de dados, você ganha mais
Tahiana
D’Egmont, chief
marketing officer
da MaxMilhas e
especialista em
growth hacking
Bruno de Oliveira,
fundador da
Cartuchos.etc e
especialista em
e-commerce