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Em um primeiro momento, a empresa foi
batizada de iCode. Por ser fascinado pelo processo
de pagamentos por cartão, Fernando acabou
criando um sistema próprio. “Queria que tudo fosse
nosso. Não queria só ter uma bandeira para um
cartão, mas ser também o adquirente, que é quem
autoriza a compra”, explica.
Após um pequeno período de projetos, os então
universitários já tinham algumas propostas de negócio.
“Uma rede de combustíveis do interior de São Paulo
gostou da ideia e quis utilizar nosso sistema para
gerir o consumo de combustível da frota deles”, conta
Fernando. “A economia deles foi tão grande que a
Polícia Militar de Goiás também quis implementar
nosso sistema. Emmenos de um ano, já tínhamos dois
grandes clientes.”
O grande porém era que, embora fossem dois
cases de sucesso, Fernando e sua equipe continuavam
sem receber pelo projeto. “Tudo foi um sucesso. Nosso
sistema funcionava bem, havia realmente um nicho de
mercado, mas ainda não tinha nenhum lucro”, detalha.
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que era a hora de realmente enfrentar o mercado.”
Fernando e seus sócios perceberam que o negócio
poderia dar certo, mas precisavam começar a dar lucro.
“Nos tempos da iCode, quando perguntavam o preço de
nosso serviço, a gente falava ‘depois nós resolvemos,
vamos trabalhar’. O resultado era que a gente entregava
o produto e não recebia”, declara. “Então decidimos
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valores e mudamos o nome fantasia para Fitcard.”
Atualmente, a empresa realiza serviços em todos
os estados do Brasil. “Gerenciamos a frota dos Correios,
de algumas prefeituras, como Sorocaba no interior de
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Por ter optado por começar as operações
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máquina de cartões. “Eu não queria ser somente
uma bandeira, queria ter toda a operação. E isso é
Ex-moradora
de rua,
Bruna Luksys
abandonou um
cargo público
para buscar o
sonho de ser
empreendedora
social
Sócio-fundador
da Fitcard,
Fernando Dini
presta serviços
para toda a
frota dos
Correios no
Brasil
difícil, principalmente, porque já existem diversas
empresas consolidadas”, explica. “A operação
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quem paga o estabelecimento; a bandeira, que são
os terminais e a estrutura para passar determinado
cartão; o emissor, que são bancos que dão crédito
ao consumidor. Nesse cenário, só não somos o
último elemento.”
Para conquistar os clientes, Fernando aposta
na economia. “Quando apresento meu produto, o
empresário percebe que, embora precise alugar
minha máquina de cartão, o valor que ele vai
economizar em combustíveis com sua frota já ‘paga’
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CATADOR DE SONHOS
Se Fernando Dini construiu seu negócio durante
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desde a infância.
Para comprovar que não existe um caminho certo
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catador de sonhos. “Falo de empreendedorismo,
mas da vida real, de fatos que aconteceram comigo”,
contou no evento Apreendedorismo, que reuniu
novos empreendedores e aqueles que desejam ser. O
encontro foi realizado no dia 20 de outubro de 2016.
“Quando era criança, pegava latinha na rua para
revender. Foi assim que comecei a empreender.”
Proprietário da JR Diesel, percorreu um longo
caminho até ter seu desmanche legal de peças de
caminhão. “Até os 11 anos eu pegava alumínio, vidro,
latinha, o que encontrasse no lixão. Com isso, eu e
meu irmão conseguíamos juntar dinheiro”, recorda. “O
problema é que a gente enterrava o dinheiro em um
terreno do lado de casa, dentro das latinhas. Um dia
limparam o esconderijo, e eu e meu irmão quebramos
pela primeira vez.”
Sem dinheiro, restou a Geraldo somente a
criatividade. “Para voltar a ter nosso dinheiro,
pegávamos a televisão preto e branco que
tínhamos, colocávamos plástico colorido na tela,
para ter uma cor, fazíamos pipoca e arroz-doce,
e cobrávamos ingressos dos nossos amiguinhos”,
declara. “Assim, voltamos a ter um negócio e até
ajudamos nosso pai a comprar um boteco.”
Com o dinheiro do cinema em casa, Geraldo
montou um campo de futebol no seu bairro e fez disso
um novo negócio. “As traves, as roupas e a bola eram
[
QUERIA QUE TUDO FOSSE
NOSSO. NÃO QUERIA TER SÓ
UMA BANDEIRA, MAS SER
TAMBÉMO ADQUIRENTE
]
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ESPECIAL