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as redes sociais, principalmente, não é raro encontrar pessoas
usando os caracteres “x” e “@” para se referir aos dois
gêneros (masculino e feminino) ao mesmo tempo. Em vez de
escrever “meninos” para citar meninos e meninas
simultaneamente, são usados “menin@s” ou “meninxs”.
A ideia é ser o mais inclusivo possível, ao trocar a regra do português
por uma nova forma de escrita. O que ocorre, entretanto, é o oposto: leitores
automatizados não entendem palavras que não estão no dicionário e, com
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esses serviços que ditam textos, saem perdendo com a boa intenção.
Esse é só um exemplo do que usuários comuns – que não precisam
ter qualquer compromisso com a inclusão – fazem no dia a dia. Erros de
português, gírias e abreviações também fazem parte desse rol de ações que
SUHMXGLFDP SHVVRDV FRP GHíFL¬QFLD
2V SURíVVLRQDLV GH LQWHUQHW Ö GHVHQYROYHGRUHV GHVLJQHUV SURJUDPDGRUHV
–, por sua vez, precisam encarar o desenvolvimento e a manutenção de sites,
plataformas e apps para que sejam acessíveis e inclusivos a todos. Não é fácil:
há uma série de detalhes e pormenores que deve ser observada, checklists
que precisam ser feitas e – por que não? – um manual que deve ser seguido.
A
Revista da Locaweb
mostra isso nas próximas páginas.
CRIAÇÃO DE UM SITE ACESSÍVEL
Os sistemas de acessibilidade funcionam de forma cooperativa com
o usuário. “As tecnologias fornecem integração entre homem e máquina,
transformando códigos e textos em informação audível ou perceptível ao
usuário. Atualmente, existem diversas ferramentas de acessibilidade, como
mouse ocular, mouse de cabeça, teclados em braile, teclados adaptados
para fácil digitação, leitores de tela e libras”, explica Diogo de Lima Franco,
desenvolvedor de interfaces web da Agência WebSocorro.
É importante que os websites sejam desenvolvidos com base nas
diretrizes de acessibilidade aceitas internacionalmente, como WCAG 2.0 ou
W3C. Esses fatores permitem que a página se torne inclusiva para diversos
WLSRV GH S¼EOLFR FRP GHíFL¬QFLD YLVXDO DXGLWLYD LQWHOHFWXDO I¯VLFD GH IDOD GH
aprendizagem e neurológica.
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acessibilidade. “O primeiro deles é o desenvolvimento do código front-end.
Um site mal estruturado, com web semântica ruim e efeitos e recursos
OFUTUROÉ
ACESSÍVEL
ESPECIALISTAS DI CUTEMA IMPORTÂNCIA
E ASMELHORES FORMAS DE CRIAR SITES
APROPRIADOS PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIAS
Por Maria Beatriz Vaccari
REVISTA LOCAWEB
ACESSIBILIDADE