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REVISTA LOCAWEB
clap
me
aporte da VEVO, plataforma de
clipes musicais mundialmente
conhecida. “A partir daí, tomamos
fôlego e começamos a produzir,
inclusive, ações de branded
content. Na época, faturamos mais
de R$ 500 mil com esse formato
de projetos”, conta Celso Forster,
diretor comercial da empresa.
Mudar para sobreviver
No entanto, logo o modelo
se mostrou financeiramente
insustentável. Na verdade,
seu potencial continuava em
alta, mas Celso explica que,
para validar o negócio, era
necessário um volume muito
grande de transmissões, o que
não acontecia. Além disso, a
tecnologia da época não era
avançada o suficiente para dar o
suporte que o ClapMe precisava
para crescer. Quando a conta não
bateu no fim do mês, a equipe
soube que era hora de mudar.
De olho no modelo de
negócio da Netflix e do Spotify,
perceberam que aquela era uma
realidade muito mais viável para
o ClapMe. Então, pivotaram o
negócio na cara e na coragem para
OClapMe, criado
para transmissões
online ao vivo,
teve altos e baixos,
até apostar no
mercado de
pay per view,
quando atraiu
uma investidora
e decolou. Na foto
da página ao lado,
da esq. para a dir.,
os sócios Diego,
Celso, Calil e Felipe
o formato de pay-per-view, no
sistema de assinaturas.
“Saímos atrás de aceleradoras
empolgados para mostrar que o
caminho para a ideia era enorme
e que queríamos dinheiro apenas
para validar a proposta, não para
enriquecer”, conta Celso, bem-
-humorado. O apelo deu certo.
O modelo chamou a atenção da
aceleradora e investidora Triple
Seven, que cedeu um aporte
aos amigos.
Futuro próspero
Ainda de olho nas
oportunidades que o mercado e
a tecnologia tinham a oferecer,
os sócios perceberam que a
transmissão online era uma
moeda valiosa também para o
mercado de mídia e publicidade.
Foi assim que toda a expertise
adquirida com as experiências
de transmissão ao vivo e com
o contato com marcas levou
o grupo a lançar a ClapMedia,
uma unidade de negócios
focada em desenvolvimento
de ações de live streaming com
influenciadores digitais.
Em operação desde outubro
de 2016, a unidade de negócios
já realizou mais de 20 projetos
ao vivo com milhões de views
para grandes marcas, como Visa,
Jaguar, Tic Tac e Ponto Frio.
“A retroalimentação digital e a
audiência criada por plataformas
como Periscope e Facebook
Live abriram as portas para a
ideia decolar”, diz Celso. O mais
curioso é que a ClapMedia já se
encontra mais estruturada do
que sua empresa-mãe.
Celso conta os altos e baixos
da ClapMe com um otimismo
inspirador. Nem parece que
no início de 2016 as contas da
startup estavam no vermelho.
Com a experiência adquirida,
a lição que tem a dar é: “erre
bastante, mas faça isso
rapidamente. Tem de arriscar
sem medo, mas aprender com
o erro. Assim que perceber o
problema, é hora de mudar”.