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REVISTA LOCAWEB

Sob as asas da liberdade,

a psicóloga Duda Dorea define

criatividade como a sensação

de que se pode usar livremente

toda a sua capacidade de

observar, aprender e tirar

proveito de experiências que

viveu para encontrar soluções

novas aos problemas que a

vida, ou o mercado, apresenta.

Se você é do tipo metódico e

prefere uma explicação menos

abstrata, aqui vai: criatividade

é, basicamente, a capacidade

humana de criar, produzir

e inventar. Essa qualidade

também flerta com inteligência

e talento, não necessariamente

natos, para inovar em qualquer

campo do conhecimento.

Nesse momento, você deve

estar refletindo se tem mesmo

essa habilidade. E a resposta é:

sim. “Todos nascemos curiosos

e dispostos a descobrir o mundo

por meio da experimentação. A

consequência dessa exploração

do universo ao nosso redor é

a criatividade. Ou seja, algo

tangível para todo mundo, sem

exceção”, explica Duda, que

trabalha com o conceito de

psicologia criativa – criado por

ela mesma há cerca de dois anos,

depois que começou a estudar

empreendedorismo criativo.

Porque não,

não é resposta

“Criatividade é sempre

intrínseca, é natural. O normal é

ser criativo, e nascemos assim.

Contudo, somos bloqueados

ainda na infância e durante o

crescimento. E é por isso que

muita gente acha que não pode

chegar lá”, garante Murilo Gun,

humorista, palestrante e fundador

da Escola Pense, responsável pelo

curso online Reaprendizagem

Criativa, que procura ajudar

pessoas a despertar os estímulos

criativos dentro de si.

O que acontece é que, na

medida em que as chances

de explorar o mundo vão

diminuindo na fase escolar,

por exemplo, a capacidade de

aprender por tentativa e erro

cai. Com ela, vão-se também

as oportunidades de ativar a

criatividade em meio à rotina.

Vamos aos exemplos: desde

muito cedo, as crianças são

ensinadas que se distrair é errado,

que é preciso se manter focado,

que há sempre uma resposta

certa para as perguntas. Com isso,

não há grandes desafios a serem

enfrentados. A consequência é

que a imaginação é desvalorizada

e qualquer coisa fora do esquema

lógico passa a ser abominada.

“A criança faz um desenho de

uma cabra voando e, em vez de

incentivar o devaneio, o pai diz

que está errado, que o animal

só pode estar no pasto”, destaca

Jean Sigel, um dos fundadores

da Escola de Criatividade, que

reúne especialistas em educação

e consultoria corporativa para

ensinar técnicas de estímulo

criativo e inovação para

empresas. Ele ainda dá outro

exemplo escolar muito comum,

S

e você temcerteza de que criatividade é umdomexclusivo de

artistas da TV, escritores de best-sellers e humoristas de sucesso,

passouda hora de chacoalhar as ideias e rever os conceitos. Para

a galera acostumada a pensar fora da caixinha, a capacidade humana

de inventar nadamais é do que sinônimo de liberdade. Enquanto isso,

os acadêmicos acreditamque é ummeio poderoso de ver omundo com

outros olhos. Para você, caro empreendedor, ela pode ser o segredo para

alcançar o sucesso. E umsegredo que você, gênio ou não, temtudo

para desvendar commuitomais facilidade do que acredita.

Conheça

a si mesmo

O autoconhecimento é a

ferramenta mais valiosa

para o processo criativo e

menos usada pelas pessoas

demodo geral. “Conhecer-se

é o maior poder que uma

pessoa pode ter. É o ponto

básico que permite lidar

com emoções positivas

e negativas commais

tranquilidade”, afirma

Duda Dorea. Quanto mais

habilidade o empreendedor

tiver para reconhecer suas

limitações, mais capacidade

terá para escolher quando

e como agir. Isso faz com

que deixe de ser reativo

e passe a ser proativo em

eventos, circunstâncias e

com pessoas. E isso ainda

desperta o discernimento

para saber o momento de

dar um passo para trás para

tomar fôlego.

Duda Dorea é

formada em

psicologia

analítica. Há

cerca de dois

anos, desenvolveu

o conceito de

Psicologia

Criativa

no qual o aluno aplica métodos

alternativos para resolver

problemas, mas é repreendido e

instruído a usar apenas o modelo

padrão de solução.

De acordo com Luciane

Tudda, professora do curso de

Criatividade e Inovação nos

negócios da PUC-SP, situações

como essas fazem com que