CARROS
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velocidade”, explica Jorge Mussi, diretor de
pós-venda da Volvo
( www.volvocars.com/br ).
TEMPO DE SOBRA
Hoje em dia, já virou rotina para muitos
motoristas passar horas dentro de seus carros,
presos em longos congestionamentos. Dentro
desse contexto, ter um carro autônomo poderia
garantir mais produtividade para o motorista,
porque permitiria que usasse esse tempo parado
para fazer reuniões pela internet, adiantar trabalho
e até descansar.
Outro ponto determinante é o fato de as
crianças desta geração já nascerem digitais e
com uma grande ligação com os smartphones e a
internet. De acordo com Jorge, deixá-los por horas
sem acesso aos dispositivos móveis e exigir que
mantenham a atenção na direção será cada vez
mais difícil. Impasse que a autonomia nos veículos
também poderia resolver de forma segura.
O FIM DOS ACIDENTES?
Mais do que comodidade, Wanderlei Marinho,
professor da pós-graduação em engenharia automotiva
do Instituto Mauá de Tecnologia, aponta que a
primeira premissa dos carros autônomos é voltada
para uma realidade de zero falha, para reduzir o índice
de acidentes de trânsito. “Hoje, 95% dos acidentes
automotivos acontecem por falha humana, sendo 50%
desses por cansaço ou falta de atenção”, lembra Jorge.
O XC90 é o primeiro carro autônomo do projeto Drive Me, da Volvo, que tem sido testado na Suécia
Acima, Jorge
Mussi, diretor
de pós-venda da
Volvo. Abaixo,
Wanderlei
Marinho,
professor de
pós-graduação
em engenharia
automotiva
O computador de bordo do carro autônomo é capaz de
prevenir situações de perigo para o passageiro, pois
foi programado para transitar com segurança e dentro
das leis de trânsito. No futuro, espera-se que ainda
seja capaz de lidar com decisões erradas de outros
motoristas e evitar tragédias maiores.
MÃOS LIVRES À PRODUTIVIDADE
Por falar em futuro, de acordo comWanderlei,
espera-se que a partir de 2020 os testes de hoje já
comecem a aparecer no mercado de forma massiva.
A perspectiva é que, até lá, a indústria já tenha
conseguido atingir o nível 4 de automação e entregue
aos usuários veículos totalmente inteligentes.
A autonomia total desses veículos ainda vai ser
responsável por estimular o desenvolvimento de
um novo modelo de negócios: o compartilhamento
de carros. A modalidade vai permitir que, em vez
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mesmo carro que levou uma pessoa para o trabalho
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de outros membros da família e volte para buscar
o executivo no escritório. Comportamento que vai
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Fica a pergunta: as pessoas vão abrir mão do
prazer de dirigir? Wanderlei aposta em uma reposta
positiva e acredita que o processo de transição dos
veículos convencionais para os autônomos será
natural assim que as pessoas perceberem que,
com eles, é possível ter muito mais produtividade,
qualidade de vida e segurança no trânsito.
REVISTA LOCAWEB
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