Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  44 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 44 / 68 Next Page
Page Background

CARROS

44

velocidade”, explica Jorge Mussi, diretor de

pós-venda da Volvo

( www.volvocars.com/br )

.

TEMPO DE SOBRA

Hoje em dia, já virou rotina para muitos

motoristas passar horas dentro de seus carros,

presos em longos congestionamentos. Dentro

desse contexto, ter um carro autônomo poderia

garantir mais produtividade para o motorista,

porque permitiria que usasse esse tempo parado

para fazer reuniões pela internet, adiantar trabalho

e até descansar.

Outro ponto determinante é o fato de as

crianças desta geração já nascerem digitais e

com uma grande ligação com os smartphones e a

internet. De acordo com Jorge, deixá-los por horas

sem acesso aos dispositivos móveis e exigir que

mantenham a atenção na direção será cada vez

mais difícil. Impasse que a autonomia nos veículos

também poderia resolver de forma segura.

O FIM DOS ACIDENTES?

Mais do que comodidade, Wanderlei Marinho,

professor da pós-graduação em engenharia automotiva

do Instituto Mauá de Tecnologia, aponta que a

primeira premissa dos carros autônomos é voltada

para uma realidade de zero falha, para reduzir o índice

de acidentes de trânsito. “Hoje, 95% dos acidentes

automotivos acontecem por falha humana, sendo 50%

desses por cansaço ou falta de atenção”, lembra Jorge.

O XC90 é o primeiro carro autônomo do projeto Drive Me, da Volvo, que tem sido testado na Suécia

Acima, Jorge

Mussi, diretor

de pós-venda da

Volvo. Abaixo,

Wanderlei

Marinho,

professor de

pós-graduação

em engenharia

automotiva

O computador de bordo do carro autônomo é capaz de

prevenir situações de perigo para o passageiro, pois

foi programado para transitar com segurança e dentro

das leis de trânsito. No futuro, espera-se que ainda

seja capaz de lidar com decisões erradas de outros

motoristas e evitar tragédias maiores.

MÃOS LIVRES À PRODUTIVIDADE

Por falar em futuro, de acordo comWanderlei,

espera-se que a partir de 2020 os testes de hoje já

comecem a aparecer no mercado de forma massiva.

A perspectiva é que, até lá, a indústria já tenha

conseguido atingir o nível 4 de automação e entregue

aos usuários veículos totalmente inteligentes.

A autonomia total desses veículos ainda vai ser

responsável por estimular o desenvolvimento de

um novo modelo de negócios: o compartilhamento

de carros. A modalidade vai permitir que, em vez

GH íFDU XP GLD LQWHLUR QD JDUDJHP GR HVFULWµULR R

mesmo carro que levou uma pessoa para o trabalho

WUDQVSRUWH VHX íOKR SDUD HVFROD íTXH ¢ GLVSRVL©¥R

de outros membros da família e volte para buscar

o executivo no escritório. Comportamento que vai

UHîHWLU SRVLWLYDPHQWH QR WU£IHJR GDV FLGDGHV

Fica a pergunta: as pessoas vão abrir mão do

prazer de dirigir? Wanderlei aposta em uma reposta

positiva e acredita que o processo de transição dos

veículos convencionais para os autônomos será

natural assim que as pessoas perceberem que,

com eles, é possível ter muito mais produtividade,

qualidade de vida e segurança no trânsito.

REVISTA LOCAWEB

ESPECIAL