SOLUÇÃODEECONOMIAE
MOBILIDADEURBANA
METRÔ
MAIS DO QUE TRILHOS E VAGÕES,
INTEGRAR TECNOLOGIA AOMETRÔ
PODE ESTIMULAR O CRESCIMENTO
DAS CIDADES
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N
a lista das cidades com sistemas de
metrô mais modernos, estão Nova
York, Pequim, Dubai, Paris e São
Paulo. O sistema paulista, inclusive,
tem um dos melhores intervalos
entre trens do mundo e já foi inaugurado de
forma bastante automatizada, com sistemas
de controle, sinalização e frenagem modernos.
Mas tanto ele, quanto a boa parte dos metrôs
ao redor do mundo, não são perfeitos.
Um dos maiores problemas é uma questão
matemática. O número de usuários de metrô cresce
a uma velocidade muito maior do que o de vagões
e linhas. O resultado é direto: aperto. A solução,
nesse caso, além da melhora da rede ferroviária, é
a aplicação de uma tendência mundial para o futuro
dos metrôs conhecida como centralidade.
Emiliano Stanislau, presidente da Associação
dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp,
www.aeamesp.org.br ), explica que a metodologia
consiste em pensar no metrô em conjunto com
a cidade para que, mais do que simplesmente
carregar pessoas, funcione como um indutor de
desenvolvimento para a melhoria da cidade e da
vida do passageiro. E, dentro desse contexto, quanto
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AUTOMATIZAÇÃO
De olho na tendência da centralidade, metrôs de
várias partes do mundo já fazem uso da tecnologia
de Controle de Trens Baseado em Comunicação
(CTBC), considerada o sistema de controle de
trens mais moderno do mundo. Na prática, esse
sistema permite uma comunicação bilateral que,
via frequência de rádio, envia à central informações
em tempo real sobre como os trens devem se
locomover.
Metrô de Dubai:
modal é o modo
mais racional
de se locomover
em grandes
cidades
Emiliano
Stanislau,
presidente da
Aeamesp
Além de diminuir os intervalos de tempo entre
os trens em função de seu monitoramento preciso,
o sistema também ajuda a garantir a segurança dos
passageiros e condutores, pois evita que um trem
ocupe o espaço do outro e cause acidentes.
BOM PARA O PAÍS
No Brasil, de acordo com o IBGE, 84,2% da
população mora nas áreas urbanas. Emiliano diz
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Investir no desenvolvimento do metrô é uma forma
de gerar vagas de emprego e melhorar a economia.
“A tendência é que o metrô dê uma forma
mais racional e integrada de se locomover na área
urbana”, comenta o especialista. Comportamento
esse que pode orientar o crescimento das cidades
por conta do ganho em mobilidade urbana, redução
da poluição e melhora da qualidade de vida.
[
Em parceria com o CTBC, o sistema Driveless tem permitido
automatização ainda maior no metrô. A tecnologia garante que toda
operação – condução, paradas regulares e de emergência, abertura
e fechamento de portas dos vagões e plataformas – seja feita sem a
presença de um condutor humano.
DRIVELESS
REVISTA LOCAWEB
ESPECIAL