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Edilson Osório,
CEO da Daruni
Healthcare,
responsável pelo
marketplace
terceiraidade.
com e pelo
dispositivo
de detecção
de quedas
Francisco Hagmeyer, diretor
comercial e de marketing da DL
Quem também já teve um olhar mais voltado para
o hardware é Osório, fundador da Daruni Healthcare.
Em 2013, antes de criar o terceiraidade.com, ele se
aventurou no mundo dos gadgets e desenvolveu um
dispositivo de detecção de quedas para ajudar idosos,
cuidadores e familiares.
Neto de uma senhora extremamente ativa,
perdeu as contas de quantas vezes viu sua avó, com
duas próteses femorais, subir em cadeiras para pegar
objetos nos armários altos. “Isso deixava meus pais
extremamente apreensivos, porque poderia acontecer
um acidente a qualquer momento”, lembra o empresário.
O medo de que a senhora caísse passou a
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o casal não viajava mais, não saía junto nem deixava
a casa por qualquer período commedo de que a
idosa sofresse um acidente e não tivesse ninguém
para socorrê-la de imediato. “De olho nisso, percebi
que talvez um dispositivo que detectasse a queda e
enviasse um aviso poderia ajudar tanto o idoso como
sua família ou cuidador”, conta o empresário. Foi aí que,
após uma pesquisa de mercado, descobriu que não
havia nenhum aparelho com essa proposta. “Então,
resolvi desenvolver um.” Depois de algumas mentorias
com especialistas, focou em construir um dispositivo
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protótipo foi desenvolvido com Arduino e funciona com
dois módulos: um sensor que o idoso carrega com ele
e uma base na qual tocam os alertas sonoros.
O dispositivo também está em fase de protótipo
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investimento. “Tentei captar recursos por muito tempo
e percebi que os investidores brasileiros não tinham
interesse em apostar em hardware, apenas em apps e
plataformas de software online”, conta.
Foi aí que Osório decidiu mudar o foco. Pesquisou
outro nicho do mercado que estava carente em
relação à terceira idade e fundou o site terceiraidade.
com, para continuar a trabalhar em prol da qualidade
de vida desse público.
FALTAAVANÇAR
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para encontrar investimentos em projetos como o
Pitoco e o dispositivo de detecção de quedas é a prova
de que o mercado brasileiro voltado para a terceira
idade ainda é embrionário.
“Estamos atrasadíssimos, mesmo com um
espaço gigantesco disponível. O idoso quer que
as empresas o enxergue e quer consumir, mas o
mercado ainda não se adapta muito bem a essa
vontade”, destaca Sena. Para expor essa carência
de forma didática, ela faz uma comparação com
um cosmético muito popular e usado diariamente
por boa parte da população. “Se você for até uma
farmácia e olhar a prateleira de xampus, verá que há
produtos de vários tipos, faixas etárias, personagens,
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Com isso, quer mostrar que a terceira idade ainda
é muito carente em vários setores do mercado
nacional. “O idoso adora a internet e a tecnologia, só
é preciso alguém que dê os produtos que ele quer
e precisa consumir. As empresas que pensam neles
saem na frente”, lembra.
Pantuza concorda e diz que a terceira idade tem
demandas muito claras e problemas relacionados
ao avanço dos anos que podem ser resolvidos por
meio da tecnologia. Segundo ele, é preciso investir
nesse público, pois a tecnologia está à disposição
para oferecer mais conforto e segurança e ser usada
a favor de um mercado que é enorme e pouquíssimo
explorado no Brasil.
É preciso lembrar que à medida que a idade
média do brasileiro vai aumentando, a terceira
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às novidades. Passou da hora de quebrar o tabu dos
cabelos brancos. Este é o momento de entender
que a tecnologia abraça a todos e tem um grande
potencial para garantir um envelhecimento
saudável, seguro e feliz.
O que garantirá a aposentadoria tranquila aos idosos do futuro será a previdência
privada. Uma das provas de que os adultos de hoje terão dinheiro para usufruir da
tecnologia e do conforto de amanhã é o crescimento pela procura e investimento
nessemodelo. De acordo comdados da Federação Nacional da Previdência Privada
e Vida (FenaPrevi), que representa 70 seguradoras e entidades abertas de previdência
complementar no Brasil, houve um crescimento de 17,8%nessemercado em2015 em
relação a 2014. Entre 2013 e 2014, os números apontaramuma elevação de 13,3%.
Emmaio de 2016, os dados da FenaPrevi mostravamque no Brasil já havia
12.431.124 pessoas comprevidências privadas ativas – um crescimento de 12%em
relação aomesmomês no ano anterior. Em abril de 2016, eram12.390.053 – um
aumento de 21%em relação aomesmomês no ano anterior.
A BrasilPrev, uma das maiores empresas de previdência privada do Brasil e braço
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da empresa, entre agosto de 2015 e agosto de 2016, houve um aumento de 30%nas
adesões por seus planos de previdência privada.
DEONDE VEMAGRANA
REVISTA LOCAWEB
TERCEIRA IDADE