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POST DO

KEMEL

TECNOLOGIA

30

Cargo:

Evangelista de Tecnologia

Twitter:

@kemelzaidan

Facebook:

facebook.com/

kemelzaidan

KEMEL ZAIDAN

internet já nasceu

descentralizada. A web, por

sua vez, popularizou o conceito

de uma rede distribuída,

possibilitando que qualquer um

tivesse voz por meio de uma

página na rede. Todos poderiam compartilhar

VXDV LGHLDV H SHQVDPHQWRV VHP ëOWURV QHP

EDUUHLUDV JHRJU£ëFDV )RL XPD UHYROX©¥R W¥R

grande que nem sempre nos damos conta.

Os blogs vieram somente alguns anos mais

tarde, quando plataformas de CMS como Blogger

e WordPress diminuíram ainda mais a barreira

de entrada, eliminando a necessidade de saber

HTML para ter uma página e expressar-se na web.

A “blogosfera” era um conjunto de nós ligados

por links, sem um servidor central, onde cada um

possuía total controle sobre seus dados.

Hoje, porém, serviços como Google e

Facebook concentrammuito da experiência

que é feita a partir do que é compartilhado e

consumido na web. Há quem se preocupe com

isso. O Facebook atingiu recentemente 1.7 bilhão

de usuários, o que equivale a aproximadamente

a população de todo o planeta há cem anos.

Competir com um serviço dessa magnitude

torna-se uma tarefa quase impossível, o que

acentua a concentração de um imenso volume de

dados na mão de um único player, cuja principal

moeda de troca são opiniões, fotos, vídeos e

hábitos de navegação.

Pensando nisso, algumas alternativas

começam a surgir com o intuito de diminuir essa

concentração e proporcionar ao usuário maior

controle sobre seus dados. Boa parte se baseia

no blockchain (cadeia de blocos), a estrutura de

dados que constitui o alicerce do Bitcoin, uma

moeda virtual e “peer-to-peer” que não pode ser

“desligada” facilmente, justamente porque opera

de forma distribuída em uma rede que conta hoje

commilhões de nós.

Uma dessas alternativas é o Zeronet, que

possibilita hospedar um site sem que seja

necessário fazer uso de um servidor, pois o

conteúdo é armazenado no blockchain, que

qualquer um pode acessar, mas cuja chave

FULSWRJU£íFD DSHQDV R DXWRU SRVVXL SHUPLWLQGR

que apenas ele faça alterações no site.

Outra opção é o IPFS, que distribui as páginas

por um serviço que versiona cada uma das

alterações de forma semelhante ao GIT e permite

que o conteúdo histórico de determinado site não

se perca com o passar do tempo.

A terceira alternativa conta com participação

do MIT e de Tim Bernes-Lee. O projeto intitulado

Solid baseia-se no conceito de “linked data”, onde

VHXV GDGRV SHVVRDLV íFDP DUPD]HQDGRV HP

“pods” que podem fornecê-los a outras aplicações

caso solicitem. Aplicações distribuídas podem ter

acesso aos dados de um usuário que, por sua vez,

decide quem ou o que pode ter acesso.

Apesar de não terem a pretensão de

desbancar os gigantes da internet, projetos como

esses apontam para uma eventual saída que seja

capaz de reequilibrar as forças na rede. Vale a

pena conferir cada um deles.

A

[

UMA DESSAS

ALTERNATIVAS É

O ZERONET, QUE

POSSIBILITA

HOSPEDAR UM

SITE SEM QUE

SEJA NECESSÁRIO

FAZER USO DE UM

SERVIDOR, POIS

O CONTEÚDO É

ARMAZENADO NO

BLOCKCHAINT

]

BLOCKCHAINPARA

WEBDESCENTRALIZADA

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