Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  30 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 30 / 68 Next Page
Page Background

POST DO

KEMEL

TECNOLOGIA

30

Cargo:

Evangelista de Tecnologia

Twitter:

@kemelzaidan

Facebook:

facebook.com/

kemelzaidan

KEMEL ZAIDAN

utro dia, conversando com

um amigo, me dei conta de

que, hoje, com a abertura do

código-fonte do C# e do Swift,

todas as principais linguagens

de programação são open

source, algo impensável há poucos anos.

Os dois principais bastiões do software

proprietário, Apple e Microsoft, viram-se

forçados a se render às pressões dos

novos tempos.

Recentemente, o mundo da TI foi abalado

pela revelação de que o Windows será capaz

de rodar o Bash, o interpretador de shell

padrão das principais distribuições Linux e,

consequentemente, outros binários em linha

de comando que rodam sobre ele.

Muitos temem que essa seja uma reedição

da estratégia “embrace, extend, extinguish”

que a Microsoft tentou utilizar para dominar a

ZHE FRP D JXHUUD GRV EURZVHUV QR íQDO GRV

anos de 1990. Naqueles tempos a Microsoft

era praticamente hegemônica e sua principal

rival histórica, a Apple, amargava prejuízos

crescentes. Por outro lado, o Google, atual

antagonista, só seria criado em 1998 e levaria,

pelo menos, mais uma década para que

começasse a incomodar a gigante de Redmond.

Contudo, o cenário hoje é bem diferente

e a Microsoft tem atualmente apenas uma

sombra do monopólio que já pertenceu a ela

no passado. Abraçar o software livre

mostrou-se um movimento estratégico:

abrir-se ao ecossistema open source

representa perda menor do que não se abrir.

A Apple realizou movimento semelhante

em 2001, quando abandonou o Mac OS

Classic em prol do Mac OS X, adotando o

kernel do OpenBSD e tornando-se um sistema

operacional Unix-like. Consequentemente,

passou a oferecer uma maior

interoperabilidade com as ferramentas Unix e

colheu os frutos dessa estratégia, sem deixar

de ser a empresa proprietária que sempre foi.

A Microsoft segue estratégia semelhante:

abre-se ao ecossistema Unix e espera colher

os frutos dessa abertura; ou seja: maior

interoperabilidade e, consequentemente, menos

motivos para migrar de plataforma, preservando

seu ecossistema, atualmente em declínio.

Em resumo, trata-se de um novo momento:

o software livre deixou de ser contracultural

e passou a ser mainstream. Dentro dessa

perspectiva, é preciso mudar a abordagem

e reforçar as qualidades intrínsecas a esse

modelo. Tal liberdade se traduz em maior

autonomia tecnológica, independência de

fornecedor, maior segurança, possibilidade de

customização e um conhecimento aprofundado

acerca da tecnologia utilizada.

O

[

A MICROSOFT

SEGUE A

SEGUINTE

ESTRATÉGIA:

ABRE-SE AO

ECOSSISTEMA

UNIX E ESPERA

COLHER OS

FRUTOS DESSA

ABERTURA

]

VENCEU!

OSOFTWARE LIVRE

LW

REVISTA LOCAWEB