52
Û$ íORVRíD GH FRPSDUWLOKDPHQWR H FRODERUD©¥R
da web, o surgimento de um movimento de
hardware aberto e a fabricação digital são
tendências fundamentais para o fortalecimento
da cultura”, diz Manuel Lemos, fundador do blog
Fazedores
( www.blog.fazedores.com). Essas
características colaboraram para quebrar
barreiras que impediam a expansão e a
democratização da produção.
Ricardo Cavallini, fundador do site Makers
(
www.makers.net.br), comenta que a internet foi
essencial para o movimento, pois ajudou a superar
a falta de informação em razão de seu extenso
No site Makers,
é possível
ver tutoriais
e acompanhar
workshops
relacionados
à cultura
“fazedora”
conteúdo disponível. Cavallini destaca ainda que
a web facilita a aproximação de pessoas com
inteligências distintas para formular projetos com
chances de vingar. “Um engenheiro e um designer
podem encontrar um parceiro bom em business e
pronto: está formada uma grande equipe”, diz.
Outro fator que favorece o movimento é
o acesso a verba para tirar os projetos
do papel. Hoje, além dos já conhecidos
empréstimos bancários, há várias alternativas
eficazes que os criadores podem usar. “Uma boa
dica é procurar investimento-anjo e apostar em
campanhas de financiamento coletivo”, afirma
Cavallini.
Em conjunto com tecnologias como scanner e
impressão 3D, essas técnicas se apresentam como
uma mão na luva para o movimento. “A produção
HVW£ íFDQGR FDGD YH] PDLV I£FLO U£SLGD H EDUDWD
o que resulta na real possibilidade de qualquer
pessoa ser capaz de produzir o que quiser”,
comenta Cavallini.
NA PRÁTICA
Mais do que estimular a criatividade e provar
que as pessoas podem construir seus próprios
utensílios, o Movimento Maker é, segundo os
seus discípulos, uma boa alternativa para aplicar
e difundir a educação pelo Brasil. Cavallini, por
H[HPSOR WHP FRQíDQ©D GH TXH D FXOWXUD SRGH
ajudar talentos brasileiros a “burlar” a falta de
infraestrutura do País.
Em seu site, ele e sua equipe dão treinamentos
livres, nos quais qualquer interessado pode
[
Os Estados Unidos não foram estruturados com base no
consumo, e sim na produção. Dentro desse cenário, o
presidente Barack Obama trouxe o Movimento Maker para
dentro da Casa Branca, com a intenção de transformar a
política pública do país. Disposto a revolucionar a indústria
norte-americana e resgatar o histórico de inovação local,
Obama ofereceu apoio para empresas que simpatizam com a
cultura Maker. O presidente norte-americano aposta na cultura
para trazer de volta o sistema de manufatura perdido para
a China há alguns anos. Durante seu discurso na Make Fair,
Obama comentou que seu governo está empenhado em ajudar
a população a trazer ideias para melhorar a vida. Completou
dizendo que os Estados Unidos são uma nação de fabricantes,
por isso o povo deve liberar sua imaginação para garantir que a
próxima grande revolução tecnológica aconteça na América.
YES, WE CAN!
REVISTA LOCAWEB
ESPECIAL