design
flatdesign
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locaweb
Os entusiastas do flat design
argumentam que as interfaces
gráficas de usuário precisam deixar de
lado o estilo e focar a funcionalidade.
Isso significa tirar de cena bordas,
gradientes, sombras e reflexos e
passar a contar apenas com a rolagem
e a clareza visual para se comunicar.
É, sem dúvida, um estilo minimalista.
Já o “senhor” skeumorfismo se
transformou em um estilo exagerado,
cheio de detalhes supérfluos. Ficou
muito didático para os novas designers
– aqueles que já não se lembram de
como era o mundo sem computadores.
Praticidade
Para Horvath, o flat design é mais
prático para o desenvolvedor de sites
ou aplicativos web. “Muita coisa pode
ser resolvida apenas com CSS, sem
o uso de imagens”, ensina. “Outra
vantagem está no foco. A interface
passa a ser apenas uma orientação, e
não a dona da atenção, pois o conteúdo
é o mais relevante.”
Segundo Tenenbaum, com o flat
ganha-se também em agilidade,
pois o processo de desenvolvimento
dos sites e aplicativos fica bem mais
rápido. “Desse modo, torna-se mais
fácil desenvolver um projeto de
sucesso, reduzir as distrações e deixar
o conteúdo mais evidente”, afirma.
No entanto, quando mal aplicado, o
flat design pode ser confuso. E se tem
algo que assombra os desenvolvedores
é a possibilidade de o usuário
não entender como funciona uma
determinada aplicação ou website.
Não é raro também o conceito ser
confundido com algo pobre. “Para fugir
disso, é necessário que a interface seja
feita por um especialista na área. Dessa
forma, o profissional vai implementar
todos os recursos, como iconografia
adequada, detalhes e uma interação
que não comprometa a usabilidade”,
ensina Horvath.
Tenenbaum concorda. “De nada
adianta ficar tudo clean e bonito,
mas com a mesma cara, sem
identidade própria. É fundamental
fazer pesquisas, buscar referências
e, principalmente, avaliar as
necessidades de cada situação, sem
nunca perder de vista público-alvo do
projeto”, considera.
“Não vejo o flat design puramente
como tendência. A simplicidade
existente nos permite focar e inovar
onde realmente é necessário, ou seja,
a interação e a relação homem
versus
computador”, avalia Horvath.
É preciso ainda olhar para a frente.
Apesar de o mundo estar na fase flat,
não vai ser assim para sempre. O
conceito vai se estabelecer e algo virá
depois. Há quem aposte na introdução
criteriosa da dimensionalidade apenas
onde for necessário. Tudo caminha para
o equilíbrio. É esperar para ver!
Bootstrap, em tradução livre,
quer dizer “puxadeira de
bota” – utensílio que ajuda
montadores a subir em cavalos.
É essa a função que ele exerce
para desenvolvedores. Com o
Bootstrap, eles acessam interfaces
e as implementam em serviços
que usam Twitter, valendo-se de
conceitos de flat design.
Apesar de ser apenas uma compilação
de vários arquivos CSS, HTML e
JavaScript, o Bootstrap contém
códigos que podem mostrar avisos
pop-up, caixas de diálogo sobrepostas,
barras de erro e diversas outras
interações possíveis e que são bastante
semelhantes às usadas na versão web
do Twitter. Superleve, tem apenas 6k
de tamanho. Portanto, use e abuse.
TWITTERBOOTSTRAP
No skeumorfismo são usados elementos
visuais que fazem analogia ao mundo real