Locaweb - Edição 42 - page 41

locaweb
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P
ense na área de trabalho
do seu computador, no
ícone da lixeira que está lá.
Ou pense na calculadora do seu
smartphone. Você sabe, há tempo
e convictamente, para que servem.
Eles foram feitos para facilitar
a vida do usuário, criando uma
analogia ao tentar imitar objetos
da vida real. No entanto, depois
de anos de contato, será que
esses elementos visuais ainda são
necessários? Os defensores do flat
design juram que não. Será?
Para entender o flat design, é
preciso dar um passo atrás e tornar
claro o conceito de skeumorfismo. As
palavras gregas
skeuos
(recipiente
ou ferramenta) e
morphe
(forma)
deram origem ao termo que se refere
aos objetos criados a partir de outros
elementos. Antes usada apenas com
objetos físicos, o termo começou a ser
adotado no meio digital para se referir
aos elementos gráficos que imitavam
recursos visuais comuns no mundo real.
“Os sistemas operacionais copiaram
objetos do mundo real, como as
pastas ou a lixeira, com a intenção
de minimizar a curva de aprendizado
dos usuários. Afinal, nem todos
sabiam exatamente o que era um
computador nem como se interagia
com ele no início”, explica o designer
André Tenenbaum, diretor da agência
especializada em soluções digitais
Zona Internet, no Rio de Janeiro.
Apesar de o Windows ter feito
bastante uso do skeumorfismo, foi
a Apple quem melhor explorou o
conceito (vide ícones Calendário,
Contatos e Mail, por exemplo). Esse
apelo não é por acaso. Imagine
usar pela primeira vez um sistema
operacional e não encontrar nenhum
elemento familiar para ajudar a
compreender o funcionamento.
Ninguém se sente confortável quando
está perdido. “O skeumorfismo foi
útil, e nos ajudou a aprender e dar
os primeiros passos na consolidação
da informática como ferramenta
cotidiana”, diz Eduardo Horvath,
evangelista de UX da agência DClick.
Mas se o skeumorfismo é tão legal,
deve-se entender por que tantos
profissionais o estão abandonando
diante da tendência do flat design.
Com visual clean, os projetos de sites que
seguem o conceito de flat design deixam de
lado bordas, gradientes, sombras e reflexos
Os entusiastas
do flat design
argumentam
que as interfaces
gráficas de
usuário têm de
deixar de lado o
estilo e focar a
funcionalidade
Para criar um site com base nos
conceitos de flat de maneira
eficaz, todos os elementos de
design devem ser centrados
na ideia de simplicidade e
função do elemento.
Objetos
sólidos e cores vivas dão a ênfase
necessária para separá-los em vez de
detalhes ilustrativos; as tipografias
conhecidas como sans serif (sem
serifas) fornecem um ambiente limpo
e nítido; o texto precisa ser conciso e
direto; e convém usar elementos de
interface com botões e links claros e
perceptíveis. Tudo deve ser pensado
com o propósito de criar um projeto
visual e funcional coeso.
COMOADOTARO
FLATDESIGN
“Tudo está ligado à curva de
aprendizado. Hoje, qualquer criança
praticamente nasce sabendo como
mexer em um tablet ou smartphone.
Tornou-se algo intuitivo”, diz Horvath.
design
flatdesign
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