Locaweb - Edição 42 - page 24

lw
opinião
mercado
Cross
-experience
H
á alguns dias escrevi um artigo
para o Tableless chamado “A
Experiência deve ter começo,
meio e fim”
(
)
. Por
coincidência, li também um artigo muito
mais inteligente sobre o assunto escrito por
Scott Jenson, chamado “The Coming Zombie
Apocalypse”
(
)
.
O artigo de Jenson começa dizendo que
a popularização dos smartphones é apenas o
começo. Junte o barateamento das peças para
a produção desses aparelhos com a criação de
sistemas de baixo custo e acessíveis, como o
Android, e o resultado será o surgimento de
dispositivos baratos e capazes de executar tarefas
que antes só eram possíveis em desktops.
Tudo isso dá origem a uma experiência
cross-device inédita. Um exemplo é quando
usamos dispositivos integrados a aplicações,
como o sistema de somWi-Fi Sonos, as lâmpadas
HUE da Philips ou as SmartTVs que podem ser
controladas via smartphone. É isso que o Jenson
chama de Zombie Apocalypse dos eletrônicos.
Se ficarmos presos aos desktops, estamos
impedidos de enxergar caminhos futurísticos.
O Twitter, por exemplo, foi criado inicialmente
para smartphones. Foi um processo reverso. Já
o Facebook percebeu, este ano, que seu acesso
mobile ultrapassa os feitos pelos desktops.
Lembro que, aqui no Brasil, o recebimento de
SMS internacional era um problema para algumas
operadoras. Muitos queriam usar o Twitter, mas
não podiam atualizar suas timelines porque,
àquela época, isso era feito via SMS. Foi aí que a
plataforma se popularizou. E assim a atualização
da timeline por outros meios surgiu.
AMicrosoft durante muito tempo liderou
o mercado de mobile com um sistema ruim,
porque era praticamente a única. O problema
foi a tentativa de portar conceitos, experiências,
comportamentos e tarefas do sistema dos desktops
para os mobiles. Claramente um grande erro.
Com o Windows Phone esse cenário mudou
(tarde, mas em tempo). O produto foi desenvolvido
de olho no comportamento do usuário. Não há
nenhuma analogia aos desktops. E, mais uma vez,
algo criado primeiramente para aparelhos móveis
foi portado para os desktops, que é o caso da
interface Metro do Windows 8.
O usuário começa sua experiência em
um dispositivo e termina em outro, diferente
e não necessariamente do mesmo fabricante.
Não estou falando aqui sobre um ecossistema
fechado como o da Apple, mas sim de um
global, que envolve softwares e hardwares
de diversos fabricantes que conversam entre
si de forma não exclusiva. Entende o que é a
experiência do usuário nesse cenário?
Se ficarmos
presos aos
desktops,
estamos
impedidos
de enxergar
caminhos
futurísticos
Diego Eis
Autor do blog:
E-mail:
Twitter:
@diegoeis
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