uberification
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REVISTA LOCAWEB
aplicativo. Os goleiros recebem
60% do valor. Os outros 40% são
usados para a infraestrutura da
empresa e para a ação.
Todo esse sucesso revela
que, do lado do empreendedor,
há muitas vantagens em apostar
em aplicativos de economia
colaborativa, mesmo porque
saem bem mais em conta do que
montar uma companhia do zero.
O projeto inicial da nerd2.me,
por exemplo, era ser uma rede de
lojas de reparos à la AppleCare.
“No entanto, ao conhecermos
o serviço uberizado, vimos
que podíamos potencializar
canais de distribuição, além de
economizar tempo e transporte.
É um formato muito mais
inteligente”, revela José.
O custo para desenvolver
um aplicativo competitivo
do gênero varia de R$ 30 mil a R$
180 mil. O que pode elevar isso
são as manutenções. “Por isso, é
bem mais vantajoso ter em sua
equipe funcionários que
lidem com essa parte.
Depender de um time
terceirizado é cilada. O
atendimento sai caro e é lento.
Não vai dar para atualizar
constantemente e na hora que
você desejar”, afirma Samuel.
Motoboys
Aquela encomenda pode
chegar ao destino com menos
burocracia. Isso porque a
Loggi é uma plataforma digital
de entregas expressas que
atua com 5 mil motoboys
cadastrados. O app usa um
sistema inteligente que indica
o entregador de acordo com a
distância do ponto de partida.
Fretados
O Buser é um app para viagens
de ônibus. A plataforma
conecta passageiros a empresas
de transporte executivo,
oferecendo preços mais baixos
do que os encontrados nos
guichês das rodoviárias. Uma
viagem de Juiz de Fora (MG)
a Belo Horizonte (MG), por
exemplo, sai por R$ 34,90.
Tratores
Uma plataformamobile de aluguel
de tratores emáquinas agrícolas.
É a proposta da Alluagro. O serviço
permite aos produtores rurais e
empresários do setor que tenham
equipamentos ociosos alugá-los
para aqueles que necessitam
e não têm como adquiri-los.
Valores são negociados com
os proprietários.
Na onda da
uberização
A fórmula do matchmaking
tem tudo para ser um sucesso por
muitos anos, independentemente
do setor em que é aplicada.
Mas se quiser se dar bem com
esse modelo de negócio, vale a
pena seguir algumas regrinhas.
Primeiramente, faça uma pesquisa
de mercado para descobrir mais
sobre a área que deseja atuar e
se realmente há demanda para o
produto – como fez o pessoal do
Goleiro de Aluguel.
“Estude os players que estão
no mercado tradicional e verifique
se já existem empresas no modelo
matchmaking. Vale analisar
também o potencial do negócio e
como se pode agregar valor para o
cliente com o desenvolvimento da
plataforma”, comenta José.
Lembre-se: a chave do
negócio é o consumidor. Nas
duas pontas. “Você sempre terá
duas partes para satisfazer e,
muitas vezes, o objetivo de cada
um entra em conflito. Entenda as
necessidades e pense em soluções
que agradem a todos os lados. Às
vezes, uma conversa com oito ou
dez usuários pode salvar semanas
de desenvolvimento”,
aconselha Nelson.
Com um pouco de bom
senso e muita dedicação, é
possível criar um negócio que
fará a diferença no dia a dia das
pessoas. E, quem sabe, até ser o
próximo milionário em uma tarde
fria de Paris.
Nelson Haraguchi,
da DogHero,
ferramenta
liga donos
de cachorros
a anfitriões
temporários