scale-up
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REVISTA LOCAWEB
Após essa fase, a startup só
encontrará dois futuros: deslanchar
e tornar-se uma scale-up ou ir para
o “Vale da Morte”, onde vão parar as
empresas que deram errado. Aliás,
esse lugar é o destino de nove em
cada dez companhias brasileiras, de
acordo com a Associação Brasileira de
Startups (AB Startups).
“Se a empresa tem um setor
definido e conseguiu suprir um
problema, não há com o que se
preocupar. Ela não vai quebrar. Agora,
se o empreendedor não está olhando
para o que o mercado e o cliente
precisam, é bem provável que sua
empresa não vá para a frente”, afirma
Andre Ghingnatti, diretor executivo da
aceleradora WOW.
Em busca do futuro
Não existe uma fórmula correta
de ter uma startup de sucesso. Mas
você pode seguir algumas pequenas
dicas para fugir do “Vale da Morte”.
Primeiramente, não faça parte do
“Efeito Manada”. Ou seja, não invista
em algo só porque está na moda. Não
adianta ter uma startup de cervejas
artesanais, um escritório de coworking
ou uma barbearia gourmet se você não
manja do assunto.
“Tenha em mente que a maioria dos
empreendedores bem-sucedidos está
há um tempo no mercado e conhece
bem o setor em que atuam. Eles sabem
a dor do cliente e o que fazer para
apaziguá-la”, diz Igor. “Apostar em uma
startup que você não domina traz muito
mais chances de fracasso do que de
sucesso”, complementa.
Outra dica útil é se preparar para
empreender. Ter a ideia é apenas
o primeiro passo. Você precisa
saber lidar com pessoas, finanças e
muito mais. Aliás, ser um líder é um
dos pontos-chave para conseguir
transformar sua startup em uma
scale-up. Isso porque ninguém alcança
sucesso sozinho e, para crescer, é
necessário ter gente boa atrás para
ajudá-lo na empreitada.
Omito do
empreendedor
jovem
A ideia de que o fundador de
uma startup – principalmente
de tecnologia – é um sujeito
de 20 e poucos anos, viciado
em computadores e que largou
a faculdade para ser CEO de
uma empresa bilionária é
mito. Mark Zuckerberg, Steve
Jobs e Bill Gates são exceções.
Geralmente, o empreendedor
tem 38 anos, mestrado e 16 anos
de experiência profissional. Os
dados são de uma pesquisa da
Universidade da Califórnia em
Berkeley (EUA).
Andre Ghingnatti,
diretor executivo
da aceleradora
de startups WOW
Se o
empreendedor
não está olhando para
o que o mercado e o
cliente precisam, é
bem provável que
sua empresa não vá
para a frente
Andre Ghingnatti, diretor executivo da
aceleradora WOW