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especial

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REVISTA LOCAWEB

Empreendedores

bem-sucedidos

conhecem o setor

em que atuam.

Apostar em uma

startup que você não

domina traz mais

chances de fracasso

Igor Piquet, diretor dos programas de

aceleração da Endeavor

O termo “startup” começou

a ser usado no final da década

de 1990 nos Estados Unidos,

quando uma explosão de

empresas de tecnologia surgiu

no Vale do Silício, na Califórnia.

O timing coincidia com a

formação da chamada bolha da

internet. A proposta era

usar a palavra para nomear

essas companhias embrionárias

que estavam desbravando o

universo online.

Hoje, startup é utilizado

para denominar empresas

que possuem um modelo de

negócios inovador, escalável e

repetível – não necessariamente

precisam atuar no mundo da

tecnologia. “O empreendedor

precisa entender que ser

repetível é ter um produto

que possa ser replicado em

diferentes setores e geografias.

Escalável é quando sua receita

aumenta em uma proporção

maior do que a dos custos.

É o famoso ‘quanto mais eu

cresço, mais eu ganho’”,

explica Igor Piquet, diretor

dos programas de aceleração

da Endeavor.

Vale destacar também

que ser inovador nem sempre

significa ser diferentão. De

acordo com Igor, inovar é

encontrar uma solução para um

problema que seja melhor do

que a achada pela concorrência.

E mais: que os rivais não

conseguiam copiá-la com tanta

facilidade. “O empreendedor só

realmente prova sua inovação

quando entra no mercado e

ganha no poder competitivo”,

completa o especialista

da Endeavor.

Mundo de incertezas

Trabalhar com uma startup

é como andar em um pântano:

nunca há certeza se o terreno em

que você está pisando é firme

ou não. “Muitas vezes o produto

é tão inovador que não há um

parâmetro no mercado para se

basear. Então, o empreendedor

é obrigado a fazer pesquisas

mais aprofundadas para

encontrar respostas sobre nicho

de atuação, preço sugerido,

público-alvo”, comenta Igor.

Com as respostas em mãos,

a empresa precisa logo validar

sua ideia. Para isso, é necessário

lançar um produto-teste, o

chamado mínimo produto

viável, ou simplesmente MVP.

A startup deve fazer uma série

de experimentos com clientes

potenciais, até encontrar

a solução que se encaixa

perfeitamente na necessidade

desses consumidores. Depois,

começa o crescimento acelerado

do empreendimento, que

pode ser acompanhado de

investimentos.

Uma ideia, um MVP e muita garra são ingredientes necessários para

conseguir desbravar o mercado empreendedor

Startup: primeiropasso

Igor Piquet, diretor dos programas de aceleração da Endeavor