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REVISTA LOCAWEB

Eduardo L’Hotellier, CEO do GetNinjas, transformou um

protótipo comprado na internet na maior plataforma

de contratação de serviços da América Latina

FICHA TÉCNICA

Empresa:

GetNinjas

Fundação:

2011

Sede:

São Paulo

Canais de comunicação:

/GetNinjas

@getninjas

www.getninjas.com.br

N

ão é incomum ver

histórias de

grandes negócios

que nasceramdas

mãos de gestores que, apesar

de teremuma carreira bem-

-sucedida nomercado formal,

não abrirammão do desejo de

empreender. Foi exatamente

isso o que aconteceu com

Eduardo L’Hotellier, analista

financeiro que lançou no Brasil

omarketplace de serviços

GetNinjas.

Emmeados de 2010,

Eduardo enfrentou

dificuldades para encontrar

um pintor de qualidade e

confiança, assim como um

espaço para reclamar caso o

serviço não fosse bem-feito.

Dessa situação, veio o insight

de que o e-commerce crescia

a passos largos no País e,

mesmo assim, não havia uma

plataforma online voltada à

contratação de serviços.

Encontrequem

vocêprocura

memória

A lição de casa começou

com uma pesquisa a respeito

do que já existia nesse gênero

fora do Brasil. Em seguida,

como não tinha tempo para

criar um projeto do zero, o

analista financeiro decidiu

comprar um site com um

sistema pré-pronto. Formado

em ciências da computação,

Eduardo usou o modelo para

desenvolver um protótipo de

marketplace, fez as traduções

necessárias e, commenos

de uma semana de trabalho,

lançou o site em 2011.

Este era o mínimo

produto viável (ou MPV) do

site GetNinjas, gerado para

testar a plataforma na web.

A página, focada em venda

e compra de serviços pela

internet, unia prestadores de

diferentes tipos de trabalho a

pessoas que procuravam por

profissionais qualificados.

A confiança do

empreendedor e as grandes

chances de prosperar

no mercado brasileiro

se confirmaram quando,

depois de apenas seis meses

do protótipo no ar, um

investidor entrou em contato

com Eduardo por meio do

LinkedIn. O GetNinjas tinha

chamado a atenção do

fundo de venture capital

Monashees, que depositou

R$ 1,2 milhão na empresa.

Com o aporte, o

empreendedor pôde

montar um time maior e

mais consistente, além de

se dedicar integralmente

ao projeto. “A partir daí, eu

pude começar a focar todos

os meus esforços na parte

estratégica do negócio, e

o GetNinjas oficialmente

se tornou uma empresa de

verdade”, conta.

Negócio milionário

Não é segredo que há

uma grande diferença entre

vender produtos e serviços.

“Um iPhone 6 vai ser sempre o

mesmo, independentemente

do vendedor. Agora, o serviço

do profissional X nunca vai

ser igual ao do Y”, destaca

Eduardo. No varejo, as únicas

disparidades têm a ver

com o valor e as condições

de pagamento oferecidas,

enquanto na contratação de

serviços cada profissional

trabalha com tempo, preço e

qualidade distintas.

[ Marcella Blass ]

No início, essa foi a

dificuldade básica para atrair

novos usuários. Era preciso

despertar a confiança do

cliente em abrir a porta de

casa para um estranho. Por

isso, o GetNinjas investiu (e

ainda investe) em campanhas

para mostrar que os

profissionais cadastrados no

site são de confiança. “Nós

entendemos o receio do

consumidor. Esse é um ponto

com o qual nos preocupamos,

trabalhamos e ainda vamos

avançar”, diz Eduardo.

Apesar dos obstáculos

do modelo de negócio,

o GetNinjas prosperou

e não parou de atrair

investimentos. Em 2013,

recebeu um aporte de R$

6 milhões feito por Otto

Capital, Monashees Capital

e Kaszek Ventures. Mais

tarde, em 2015, o fundo

norte-americano Tiger

Global liderou, novamente

com a participação da

Monashees Capital e a Kaszek

Ventures, uma nova rodada

de investimento de R$ 40

milhões na plataforma.

Com a grana, Eduardo

pôde continuar contratando