especial
REVISTA LOCAWEB
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que contratar um serviço de
cartão de crédito. Para usá-lo,
há duas formas: uma delas é
passar o número da sua carteira
pessoal para o cliente, a outra é
utilizar um gateway que faça a
conversão da moeda digital para
reais, como o sistema de PDV
móvel da BitcoinToYou.
“Ao terceirizar o
processamento dos pagamentos
com bitcoin, toda vez que um
cliente quiser pagar com a
moeda, deverá enviar o valor
da compra para um endereço
fornecido pela companhia
responsável por converter
a criptomoeda em real. A
própria empresa garante
que o montante seja enviado
diretamente para a conta do
comerciante, tudo em questão
de minutos”, explica Talysson.
Agilidade, inclusive, é um
dos maiores benefícios para
quem quer trabalhar com o
bitcoin. “O tempo depende do
processamento da rede, mas,
em média, não demora nem
20 minutos para o valor estar
em sua carteira”, conta Fabiano
Frota, sócio-diretor da iResolveu,
assistência técnica de produtos
da Apple, que usa bitcoin como
forma de pagamento desde 2014.
Outro atrativo do bitcoin é
com relação a taxas cobradas. “O
custo de transação é o mesmo,
independentemente do valor.
Seja uma compra de R$ 10 ou
de R$ 100 mil, o usuário paga
uma única taxa fixa, que pode
chegar a alguns centavos,
enquanto pagamentos
eletrônicos tradicionais cobram
de 5% a 10% sobre cada
operação”, afirma Talysson.
O fato de as transações
serem definitivas e infalsificáveis
também é uma ótima vantagem.
Com isso, o risco de estorno
indevido ou fraude é inexistente.
“O Blockchain permite a rápida
compensação: uma vez pagas, não
há como reverter as operações.
Sem contar que são rapidamente
confirmadas se enviadas para
qualquer parte do globo”, diz
Gabriel Aleixo, desenvolvedor
de negócios da A Star, startup
que oferece a tecnologia do
Blockchain para empresas.
Vale ressaltar que, na hora
de verificar seus bitcoins,
Gabriel Aleixo, da A Star
Resgate em
criptomoedas
Por ter transações
pseudônimas e sem
intermediários, o bitcoin tem
se tornado uma alternativa
de resgate para criminosos
online e offline. Um caso
recente foi o do vírus
WannaCry, um ciberataque
que atingiu empresas
ao redor do mundo. Em
apenas três dias, a ameaça
criptografou arquivos de
mais de 200 mil vítimas em
pelo menos 150 países. Do
Japão aos Estados Unidos,
da Rússia a Botsuana.
Outra história que chamou
a atenção da mídia foi o
sequestro de uma mulher
em Florianópolis (SC). A
vítima era esposa de um
comercializador de bitcoins,
de quemos bandidos exigiam
R$ 115 milhões emmoedas
digitais. Foi a primeira vez
que sequestradores pediram
resgate com esse tipo de
tecnologia no Brasil.
“Um dos princípios por
trás do bitcoin é o direito
das pessoas à privacidade
na forma como usam o
seu dinheiro. Infelizmente,
alguns criminosos enxergam
nisso uma maneira menos
trabalhosa de praticar
extorsão. O que é importante
entender é que esses crimes
sempre existiram, mas antes
o resgate era pago de outra
forma”, afirma Talysson, do
portal Altcoin Brasil.
André Horta, da BitcoinToYou