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especial

REVISTA LOCAWEB

58

que contratar um serviço de

cartão de crédito. Para usá-lo,

há duas formas: uma delas é

passar o número da sua carteira

pessoal para o cliente, a outra é

utilizar um gateway que faça a

conversão da moeda digital para

reais, como o sistema de PDV

móvel da BitcoinToYou.

“Ao terceirizar o

processamento dos pagamentos

com bitcoin, toda vez que um

cliente quiser pagar com a

moeda, deverá enviar o valor

da compra para um endereço

fornecido pela companhia

responsável por converter

a criptomoeda em real. A

própria empresa garante

que o montante seja enviado

diretamente para a conta do

comerciante, tudo em questão

de minutos”, explica Talysson.

Agilidade, inclusive, é um

dos maiores benefícios para

quem quer trabalhar com o

bitcoin. “O tempo depende do

processamento da rede, mas,

em média, não demora nem

20 minutos para o valor estar

em sua carteira”, conta Fabiano

Frota, sócio-diretor da iResolveu,

assistência técnica de produtos

da Apple, que usa bitcoin como

forma de pagamento desde 2014.

Outro atrativo do bitcoin é

com relação a taxas cobradas. “O

custo de transação é o mesmo,

independentemente do valor.

Seja uma compra de R$ 10 ou

de R$ 100 mil, o usuário paga

uma única taxa fixa, que pode

chegar a alguns centavos,

enquanto pagamentos

eletrônicos tradicionais cobram

de 5% a 10% sobre cada

operação”, afirma Talysson.

O fato de as transações

serem definitivas e infalsificáveis

também é uma ótima vantagem.

Com isso, o risco de estorno

indevido ou fraude é inexistente.

“O Blockchain permite a rápida

compensação: uma vez pagas, não

há como reverter as operações.

Sem contar que são rapidamente

confirmadas se enviadas para

qualquer parte do globo”, diz

Gabriel Aleixo, desenvolvedor

de negócios da A Star, startup

que oferece a tecnologia do

Blockchain para empresas.

Vale ressaltar que, na hora

de verificar seus bitcoins,

Gabriel Aleixo, da A Star

Resgate em

criptomoedas

Por ter transações

pseudônimas e sem

intermediários, o bitcoin tem

se tornado uma alternativa

de resgate para criminosos

online e offline. Um caso

recente foi o do vírus

WannaCry, um ciberataque

que atingiu empresas

ao redor do mundo. Em

apenas três dias, a ameaça

criptografou arquivos de

mais de 200 mil vítimas em

pelo menos 150 países. Do

Japão aos Estados Unidos,

da Rússia a Botsuana.

Outra história que chamou

a atenção da mídia foi o

sequestro de uma mulher

em Florianópolis (SC). A

vítima era esposa de um

comercializador de bitcoins,

de quemos bandidos exigiam

R$ 115 milhões emmoedas

digitais. Foi a primeira vez

que sequestradores pediram

resgate com esse tipo de

tecnologia no Brasil.

“Um dos princípios por

trás do bitcoin é o direito

das pessoas à privacidade

na forma como usam o

seu dinheiro. Infelizmente,

alguns criminosos enxergam

nisso uma maneira menos

trabalhosa de praticar

extorsão. O que é importante

entender é que esses crimes

sempre existiram, mas antes

o resgate era pago de outra

forma”, afirma Talysson, do

portal Altcoin Brasil.

André Horta, da BitcoinToYou