circulação. De lá para cá, outras criptomoedas
surgiram para fazer parte desse mercado. Entre elas
estão Litecoin, Ethereum, Dash e Monero. Todas têm o
objetivo de transformar as transações online em algo
mais rápido e transparente.
COMOFUNCIONAM
Para entender como funcionam as moedas digitais,
é necessário se aprofundar no Bitcoin, pois as outras
seguem o patriarca como modelo. O maior problema
que Nakamoto enfrentou para lançar seu produto foi
encontrar ummeio de fazer transações sem precisar
de uma instituição para mediá-las. A solução foi criar
o Blockchain, um livro inviolável que registra todas as
transações já feitas com Bitcoins. “A tecnologia é tão
avançada que até os bancos estão estudando para
adotá-la”, conta Rodrigo.
O Blockchain é atualizado pelos mineradores,
pessoas responsáveis por registrar as vendas e
escrever a nova página do livro. “É como se fosse
o Napster. Antes, você entrava no programa e se
conectava a outro computador para baixar uma
música. Hoje, qualquer pessoa conecta seu PC
ao Blockchain para fazer os cálculos e validar
a página”, comenta Rodrigo. Cada transação
validada é remunerada. O valor é pago de acordo
com a complexidade da operação. Por dia, são
distribuídos 1.800 Bitcoins.
O lado do funcionamento por parte do usuário
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uma carteira digital. Para criar uma, o internauta
deve se cadastrar em um site que disponibilize o
serviço. Depois, é possível acessar o dinheiro por
meio de um software instalado em seu computador,
um aplicativo ou na própria página da internet.
Vale lembrar que o proprietário é responsável por
proteger suas moedas e fazer backups.
USONODIAADIA
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conforme a lei de oferta e demanda. Por isso, sua
cotação é muito volátil. Hoje, um Bitcoin vale R$ 2
mil. “A moeda valorizou mais de 700% em dois anos.
Até compensa mais investir nela do que em uma
poupança”, diz Cristhian Raphael, fundador do blog
Criptomoedas Fácil. O preço das concorrentes é bem
menor. O Litecoin, por exemplo, vale R$ 12.
As criptomoedas podem ser usadas de duas
formas: como meio de especulação (compra e
venda a curto prazo) e investimento (compra para
venda em um prazo maior) ou como pagamento de
produtos e serviços. “No Brasil poucas empresas
usam o Bitcoin, mas nos Estados Unidos você
consegue comprar até um café”, revela Cristhian.
Embora não seja tão disseminado no País, é possível
encontrar estabelecimentos que aceitam a moeda
digital no site CoinMap
(http://coinmap.org).
Uma dessas empresas é a tabacaria online Da
Lata Head Club. “Por ser um método de pagamento
relativamente novo, o comerciante consegue um
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diretor de vendas e operações do e-commerce.
“Apesar de termos feito pouca divulgação a respeito
da moeda, o Bitcoin chegou a corresponder, em um
só mês, a 50% das vendas.”
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com o Bitcoin. Isso porque existem cartões pré-pagos
que o usuário pode carregar com seu dinheiro digital.
No Brasil, a empresa responsável pelo produto é a
BitcoinCard. Além de poder ser usado em comércios
que aceitam a bandeira Visa, o cartão permite saques
nos caixas eletrônicos do Banco24Horas.
“No Brasil, o Bitcoin movimentou sozinho R$ 35
milhões em 2015. A estimativa é de que em 2016
chegue a R$ 80 milhões”, diz Rodrigo. Ao redor do
mundo, a moeda já tem um mercado de US$ 10
ELOK·HV (WKHUHXP íFD FRP D PHGDOKD GH SUDWD FRP
US$ 1 bilhão. Assim, com números expressivos e
aderência cada vez maior, é provável que no futuro
as criptomoedas se tornem o dinheiro nativo da
internet e ajudem na extinção das cédulas.
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EM 2016, A ESTIMATIVA É DE QUE O BITCOIN SOZINHO
MOVIMENTE R$ 80 MILHÕES EM SOLO BRASILEIRO.
AO REDOR DO MUNDO, A MOEDA VIRTUAL JÁ CONTA
COM UMMERCADO DE US$ 10 BILHÕES
Eduardo Righi,
do PayPal: “O
papel-moeda vai
sumir porque o
dinheiro físico
leva a evasão
fiscal, o método
eletrônico é
mais barato e
ecológico e as
cédulas são pouco
higiênicas”
EXTINÇÃO DO DINHEIRO
REVISTA LOCAWEB