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Alice recebe

troféu da

Olimpíada

Mundial Nuclear

das mãos do

diretor geral

da Agência

Internacional

de Energia

Atômica em

Viena, Áustria

que passou na primeira chamada, a garota se

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uma carreira na área nuclear; na verdade, por

muitos anos eu não tinha noção de que esse setor

existia”, revela. “Mas logo na primeira semana

me apaixonei pelo curso. Consegui acesso ao

laboratório de um professor bem cedo e ele virou

meu orientador no decorrer da faculdade.”

Conforme as aulas avançavam e Alice obtinha

maior conhecimento, passava as informações para

amigos e familiares que, aos poucos, deixaram de

temer a engenharia nuclear. Eles concluíram que não,

ela não iria projetar nenhuma bomba.

Na verdade, a garota se tornaria conhecida

mundialmente por algo bem mais nobre.

DE SANTÍSSIMOPARAOMUNDO

Alice é a vencedora da Nuclear Olympiad

2015, organizada pela World Nuclear University

(WNU). Com o tema “Nuclear Saves Lives”, a garota

apostou na medicina nuclear e em suas técnicas de

diagnóstico e tratamento de doenças. “Em minha

última apresentação em Viena, na Áustria, utilizei

o histórico de tratamento da minha avó”, lembra.

“Infelizmente, ela veio a falecer de câncer cerca de

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Única mulher e representante das Américas no

páreo, Alice abocanhou o prêmio, mas, humildemente,

prefere se manter longe dos holofotes. “Fiquei feliz em

ver a mídia divulgar algo positivo sobre a área nuclear,

não por eu aparecer. Até porque existem outros

jovens conquistando olímpiadas”, diz. Ela também

acredita que não há motivos para alguém se inspirar

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brilhantes na tecnologia. O caminho da ciência não é

exclusividade para os homens.”

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que a segregação não aparece pela primeira

vez no vestibular. “Isso começa cedo, quando

as meninas ganham bonecas e casinhas e são

puxadas para o lado social, enquanto os meninos

recebem carrinhos e brinquedos de montar e são

incentivados a desenvolver o lado lógico”, explica.

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futuro. Ela mesma participou de diversas reuniões

nas quais era a única mulher da sala.

Com o intuito de reverter esse cenário, aparece

o feminismo. “Sempre acreditei que tinha tanto

direito de seguir a área nuclear quanto os homens”,

revela Alice. “Meus planos futuros são mostrar para

meninas e meninos que, apesar de vivermos em

uma sociedade não igualitária e muitas vezes injusta,

podemos nos esforçar para conseguir algo melhor”,

conclui a engenheira nuclear.

REVISTA LOCAWEB

EMPODERAMENTO FEMININO