especial
fim_do_flash
locaweb
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N
a década de 1990, os
websites eram todos
estáticos e cada mudança
em uma página exigia que um novo
html fosse carregado, o que limitava
muito a experiência do usuário. Por
esse motivo, os aplicativos web
eram muito distintos dos programas
de desktop. Então, a Macromedia
criou o Flash, aumentando a
interatividade e permitindo
que animações e vídeos fossem
facilmente integrados às páginas.
Foi um grande marco, milhares
de sites passaram a usar a nova
tecnologia e fazer da internet um
mundo muito mais vivo.
Com a chegada dos smartphones,
desenvolvedores e webdesigners
tiveram de encarar o desafio de fazer
as páginas grandes, que rodavam
em desktops, funcionarem nos
celulares, com suas pequenas telas,
conexão bem lenta e baixa velocidade
de processamento. O Flash, que
funcionava muito bem nos PCs,
teve um desempenho péssimo nos
dispositivos móveis.
A Apple, que sempre teve uma boa
relação com a Adobe, não adicionou
suporte ao Flash nos iPods. Foi alegado
que o plugin prejudicaria a experiência
do usuário por ter sido desenvolvido
pensando em mouse e teclado e,
portanto, não funcionaria bem com
dispositivos sensíveis a toque. Por
exemplo, não existe o conceito de
mouse over nos iPods. Além de o
plugin de Flash consumir muito
O Flash está definhando. O último
refúgio eram os joguinhos, e até nisso o
HTML5 tem se destacado.
Jogo Angry Birds:
chrome.angrybirds.com
Illyriad:
Sketch:
hakim.se/experiments/html5/sketch
ATÉNOS GAMES
processamento e, consequentemente,
muita bateria. Apesar de a Apple não
ser contra o uso do Flash nos desktops
ou notebooks Mac, isso causou uma
guerra entre a Apple e a Adobe.
A criação do HTML5
Durante a briga, desenvolvedores
web e organizações decidiram incluir
muitas das funcionalidades do Flash
na próxima geração do HTML. O
HTML5 agradou tanto a Apple que,
em abril de 2010, Steve Jobs emitiu
uma carta pública, “Reflexões sobre
o Adobe Flash”, concluindo que o
Adobe Flash não seria mais necessário.
Muitos recursos do HTML5 estão
sendo implementados com o objetivo
de permitir que desenvolvedores
possam criar websites que terão, em
dispositivos móveis, uma aparência e
um desempenho muito similar ao dos
desktops ou notebooks.
Com HTML5, CSS3 e JavaScript
é possível criar animações e gráficos
interativos sem renderizar novamente
a tela. Hoje, praticamente todas as
funcionalidades do Flash estão no
HTML5: é possível criar gráficos
vetoriais animados e escaláveis,
bitmaps, sons estáticos e gerados
dinamicamente, vídeos e, além disso, é
possível usar threads e web sockets.
Muitos navegadores importantes,
como Chrome, Opera, Safari 4,
Firefox 3.6 e Internet Explorer 9 já
O Flash
prejudicaria
a experiência
do usuário em
smartphones,
já que foi criado
para desktops
::
Explicação da Apple ao não
adotar a tecnologia em seus dispositivos
O HTML5 é uma das principais opções de desenvolvimento multimídia; sua utilização
tem sido bastante defendida em relação ao Adobe Flash, que sempre reinou sozinho