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ão faz muito tempo que as opções para
consumir séries e filmes preferidos estavam
restritas às programações dos canais abertos
ou pacotes de TV a cabo. Isso mudou – ainda
bem – e, hoje, podemos assistir às mesmas séries e aos
mesmos filmes de diversas formas e emmeios diferentes,
entre eles, uma variedade de serviços de streaming.
Com as novas formas de ofertar conteúdo, vieram
as mudanças de hábito das pessoas. Deixamos de nos
reunir na sala de estar, passamos a assistir a filmes no
ônibus, no metrô, nas livrarias, nas cafeterias e, até
mesmo, em bares e restaurantes. As pessoas estão
assistindo a vídeos em todos os lugares.
E como essas pessoas estão consumindo esse
conteúdo? Com seus smartphones. O mobile é, sem
dúvida alguma, o principal agente responsável pela
mudança no consumo de vídeos, mesmo os de longa
duração. De acordo com a plataforma de vídeos Ooyala,
52% das visualizações de vídeo vieram do mobile, sendo
40% em smartphones e 12% em tablets.
Essa mudança nos leva a uma série de
questionamentos. Como fica a experiência de assistir a um
filme no celular? A tela não é muito pequena? Meu plano
de dados é suficiente? A qualidade da imagem vai cair?
São perguntas importantes, mas a mudança de
comportamento já está acontecendo, mesmo sem
termos todas as respostas. Minha experiência assistindo
a
Game of Thrones
pelo smartphone no aeroporto foi
longe de ser ruim. Era o que eu tinha para o momento e
a qualidade foi bastante satisfatória. Quanto ao plano de
dados, bem, eu estava conectado ao wi-fi do aeroporto,
então, não tive mais despesas. O que quero dizer é
que os desafios tecnológicos e comerciais inerentes às
mudanças serão resolvidos.
Quanto à experiência, acredito ser algo particular.
Mas não faltam críticos. Quando os filmes saíram do
cinema para a sala de estar, Steven Spielberg estava
desconfiado, resmungando sobre cinemas como locais
sagrados. Isso de nada adiantou, e os filmes chegaram
a nossas casas. Recentemente, a crítica de cinema Anne
Billson publicou um tweet dizendo que “pessoas que
assistem a filmes no celular (especialmente aquelas
com possibilidade de deixar críticas válidas no IMDb)
devem levar um tiro”.
Para muitos, assistir a filmes no celular é uma linha
que não deve ser passada. Eu penso o contrário: o
conteúdo precisa estar disponível para ser consumido
da maneira que as pessoas quiserem. Não vale a pena
ignorar a vontade das pessoas. Se seu conteúdo não
estiver disponível para telas menores, haverá grandes
chances de os consumidores encontrarem outro
conteúdo, em outro lugar.
Faz total sentido as pessoas assistirema vídeos em
seus smartphones. Somos viciados neles, estamos comele
24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. É
perfeitamente compreensível usarmos nossos “bebês” para
assistir à série favorita. O futuro da TV está nas palmas de
nossasmãos. Pense nisso ao produzir seu próximo vídeo.
Thiago Lima
Fundador e CEO da Eventials
thiagofl@eventials.comO papel do mobile
no futuro da TV
influenciador
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REVISTA LOCAWEB
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