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O

maior clássico do futebol paranaense

teve, pela primeira vez, uma partida da

série A do campeonato estadual

transmitida pela internet, ao vivo e

gratuitamente, no dia 1

o

de março. Segundo dados

do site Virando o Jogo, mais de 150 mil pessoas

assistiram (simultaneamente) ao Atletiba, nome dado

ao clássico entre Atlético Paranaense e Coritiba.

Sem acordo para a venda dos direitos de

imagem do jogo para a RPC, afiliada da Rede Globo

no Paraná, os clubes rebelaram-se e resolveram

oferecer a transmissão por meio de suas redes

sociais. A atitude teve muita repercussão. Milhares

de fãs comemoraram a decisão e viram na ação uma

postura que deveria ser adotada por todos os clubes.

Seria, então, o live streaming o futuro dos

eventos esportivos que não despertam o

interesse econômico das emissoras de TV?

Precisamos ser realistas. Televisão é um negócio

e, como todo negócio, cada investimento precisa

ser justificado com um retorno. Não há grade de

horário disponível para times amadores ou de

menor repercussão. Quando há audiência garantida,

ainda assim, a emissora vai equilibrar o valor de

publicidade arrecadado com o custo de aquisição

dos direitos de imagem, geração, captação e

transmissão do evento. Daí, o live streaming surge

como uma alternativa que clubes e federações

podem explorar para levar o espetáculo até seus

seguidores. A internet quebrou a hegemonia da

televisão sobre ser o único meio capaz de transmitir

conteúdo em áudio e vídeo em escala.

Mas, superada a questão da distribuição,

chegamos à discussão econômica. Engana-se quem

pensa que é possível transmitir um jogo de futebol

com uma câmera de celular. Para que os clubes,

mesmo amadores, possam explorar economicamente

suas transmissões, é inevitável que captação e

geração sejam profissionais. Entre os recursos

necessários estão câmeras, microfones, link de

internet, repórteres, narradores e comentaristas.

Quem ficar responsável por realizar as

transmissões (clubes, federações ou empresas)

deve também atentar-se ao retorno do investimento

(ROI). A escolha da plataforma também influencia.

Os termos de uso de YouTube ou Facebook não

permitem que o produtor veicule publicidade no

live streaming. Sendo assim, o produtor deve tentar

um acordo diferente ou contratar uma plataforma

profissional. Há alternativas.

O fato é que o live streaming é, sim, uma

importante forma de geração de renda para clubes

de todos os portes, seja por meio de publicidade,

seja por exposição de suas marcas e jogadores.

Lembre-se de que o gol mais bonito do Pelé

é aquele que nós não vimos. Portanto, vamos

transmitir nossos jogos.

Thiago Lima

Fundador e CEO na Eventials

thiagofl@eventials.com

O gol de placa

da internet

influenciador

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