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37

Fernando

Abrache, do MIT

sistemáticos, obedientes e cooperativos. Os norte-

americanos são reconhecidos pelo voluntarismo,

SHOD OLGHUDQ©D H SHOR SUHSDUR FLHQW¯íFR $PERV

se destacam no universo tecnológico por suas

características. Já os brasileiros ganham terreno

por sua criatividade e persistência. “As pessoas

que vencem são as que acreditam. Acreditar em

seu negócio em um País onde a importância da

inovação é relegada a um segundo plano é algo

muito complexo, portanto, o resultado encontrado

« VHPSUH IDQW£VWLFRÜ DíUPD )HUQDQGR

Esse típico jeitinho brasileiro é o que dá gás

na hora de fazer parte de um polo ou parque

tecnológico. Existem duas formas de conquistar

seu lugar nesses centros. Se for em um espaço

como o San Pedro Valley, onde não há uma

diretoria e os próprios empreendedores constroem

o local, você sozinho vai ter de correr atrás e fazer

sua ideia dar certo.

TECHYDRO

Já se você procurar ajuda de um parque

que tenha uma incubadora, a história torna-se

um pouco mais fácil. Diogo Branquinho Ramos

candidatou-se a um programa do PqTec, em

São José dos Campos (SP), para transformar sua

empresa criada na faculdade em realidade. A

TecSUS é uma companhia tecnológica voltada para

soluções sustentáveis e um dos produtos mais

interessantes que saíram de lá foi o TecHydro.

O TecHydro é um dispositivo de internet

das coisas conectado a hidrômetros que coleta

informações e envia-as para um aplicativo. Nele,

[

Os diversos polos tecnológicos brasileiros atraíram a atenção

de um dos países mais desenvolvidos do mundo. A Suíça, que

mantém o "Vale do Silício" europeu (formado por Zurique, Zug,

Basileia, Lausanne e Genebra), atualmente tem uma equipe em seu

consulado no Brasil que visa fomentar o intercâmbio de projetos

tecnológicos entre as duas nações.

“A maior diferença entre as iniciativas suíças e brasileiras é o espaço.

Enquanto na Suíça tudo é menos distante, no Brasil é um pouco mais

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temos ummercado interno relativamente pequeno e, por isso, o empresário

já empreende com uma ideia global. Aqui, nossa função muitas vezes é

cutucar os empreendedores, que deveriam olhar para fora”, diz Simon Daniel

Locher, responsável pela atração de investimentos da Suíça no Brasil.

Para fomentar o intercâmbio de ideias, a Suíça promove eventos no Brasil

e convida startups para participar. O país também apoia a ida de empresas

brasileiras aos vales, além de existirem programas como Kickstarter,

Seedstars World e Fintech Fusion que realizam atividades em solo nacional

para divulgar a mensagem da Suíça como polo de inovação global.

“Nosso objetivo é fomentar essa troca”, garante Simon. Para os

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ensina os primeiros passos para chegar lá. O documento pode ser encontrado

e baixado no endereço

http://lwgo.to/18n.

CONEXÃOBRASIL-SUÍÇA

de recursos”, ressalta o consultor do MIT que já visitou

centros no Canadá, nos Estados Unidos e na Suécia. “Os

polos são como um celeiro de ideias que podem trazer

a médio prazo mais competitividade e inovação para a

nação, gerando bons empregos e grandes empresas.

Analisando os três países que visitei, todos possuem

instituições de ponta sendo geridas pelos polos. O

governo brasileiro deveria prestar mais atenção nisso.”

Um dos polos que cada vez mais cresce e ganha

destaque é o Porto Digital, em Recife (PE). Com ajuda

do governo de Pernambuco desde sua fundação, em

2000, o espaço é reconhecido internacionalmente.

Em 2014, o jornal britânico

The Guardian

destacou

a iniciativa, promovendo o polo como uma das dez

iniciativas que estão mudando a cultura no mundo.

Embora não tenha sido o único fator decisivo, a

presença desse centro tecnológico foi levada em

consideração quando a Locaweb resolveu abrir uma

íOLDO GH VXD XQLGDGH FRUSRUDWLYD D /RFDZHE &RUS

Com números expressivos, o Porto Digital abriga

250 empreendimentos, gerou 6.500 empregos diretos

e teve um crescimento de 31% a.a. nos últimos três

anos. Os dados robustos foram os indicadores que

levaram a Locaweb a apostar no polo de tecnologias

da informação e comunicação (TIC) .

PARTICULARIDADES

Cada nação tem características particulares

e isso molda a forma que lidam com

empreendedorismo e tecnologia. Os japoneses são

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

REVISTA LOCAWEB

VALES DO SILÍCIO