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POST DO

KEMEL

TECNOLOGIA

28

Cargo:

Evangelista de Tecnologia

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kemelzaidan

KEMEL ZAIDAN

ocê certamente não

construiria um bangalô na

praia com toras de madeira,

da mesma forma que não

utilizaria um telhado de palha

em sua cabana nos Alpes. Isso

porque aprendeu, desde pequeno, que

há arquiteturas que se adaptam melhor

D ëQV HVSHF¯ëFRV $ëQDO VH R REMHWLYR «

construir uma casa sólida e proteger-se

do Lobo Mau, a escolha mais sábia parece

ser mesmo a boa e velha alvenaria.

Com desenvolvimento é “quase” a mesma

coisa. A diferença é que a opção default nem

sempre é a melhor, uma vez que padrões e

tecnologias evoluem a uma grande velocidade,

e aquilo que parecia uma ótima ideia hoje pode

não ser tão bom amanhã. Mas se o cenário

muda tão rápido, por que se preocupar com isso?

Justamente porque decisões de arquitetura são

aquelas que mais impactam o desenvolvimento

de qualquer software, pois tendem a produzir

consequências a longo prazo. Para permanecer no

mesmo campo comparativo, “não é fácil trocar a

coluna depois que o arco já está em pé”.

Antes de começar qualquer projeto, considero

um ato de prudência estudar bem quais são as

alternativas e tecnologias disponíveis para tornar

o caminho o mais curto e menos acidentado

possível. É certo que todo desenvolvedor ou

time possui sua “caixa de ferramentas” padrão,

como, por exemplo, bancos de dados, linguagens,

frameworks, bibliotecas e suítes de testes com os

quais já estão habituados a trabalhar.

O “hipster” corre o risco de apostar demais em

algo que pode “cair por terra” antes do esperado.

Já o conservador, por outro lado, obriga todos a

percorrer um caminho longo e tortuoso, quando

outro mais curto e simples levaria ao mesmo

ponto. Nem sempre se pode antever todos os

possíveis desdobramentos, contudo, analisar

tendências faz parte do processo.

2 GHVDíR GR DUTXLWHWR GH VLVWHPDV « SHVDU

as alternativas disponíveis para encontrar a

razão perfeita entre

o tempo e os esforços

necessários para introduzir algo novo em

relação aos benefícios que a adequação dessa

nova tecnologia trará ao projeto

. Quando os

potenciais benefícios forem superiores, é hora

de arriscar. E, assim, gerar aprendizado.

Pergunte a si mesmo: as tecnologias

escolhidas estão alinhadas às necessidades

do sistema? Que futuro terão? O desempenho

possível dará conta da demanda? Qual o custo

H D GLíFXOGDGH SDUD TXH R WLPH GH RSHUD©·HV

mantenha a aplicação rodando a partir das

decisões? É fácil recrutar novos desenvolvedores

para garantir crescimento? A manutenção do

código e o tempo de desenvolvimento de novas

features é compatível com as necessidades do

sistema e de seus usuários?

Calcular custo-benefício pode parecer uma

tarefa fácil, mas não é algo trivial. Cerque-se do

P£[LPR GH LQIRUPD©·HV SRVV¯YHLV D íP GH JDUDQWLU

que o desenvolvimento se dê sobre uma fundação

sólida. Isso é tão importante quanto escolher o

material de construção. Caso contrário, corre-se o

risco de ver o prédio tremer nos primeiros andares.

V

[

ANTES DE

COMEÇAR

QUALQUER

PROJETO,

CONSIDERO UM

ATO DE PRUDÊNCIA

ESTUDAR BEM

QUAIS SÃO AS

ALTERNATIVAS

E TECNOLOGIAS

DISPONÍVEIS

PARA TORNAR O

CAMINHO O MAIS

CURTO E MENOS

ACIDENTADO

POSSÍVEL

]

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