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POST DO

KEMEL

TECNOLOGIA

28

Cargo:

Evangelista de Tecnologia

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KEMEL ZAIDAN

az pouco mais de um ano que

o Windows XP disse adeus e,

desde então, não conta com

atualizações de segurança

nem correções de erros.

Contudo, ele tem ainda hoje

uma participação no mercado de 14,6%,

segundo a Net Market Share.

Lançado em 2001, o Windows XP foi

o primeiro sistema operacional voltado

ao usuário final, construído sobre a

arquitetura e o kernel do Windows NT

5.1. Tradicionalmente, o NT era a versão

corporativa da plataforma, que contava

com suporte à rede de dados. Com o

crescimento da internet, a melhor estratégia

foi usar uma pilha de redes mais confiável e

testada do que o WinSocks do Windows Me,

antecessor do XP.

Por isso mesmo, o XP surfou na onda

da internet, sendo adotado inclusive como

plataforma de desenvolvimento para

inúmeras aplicações que foram escritas

tendo a rede mundial de computadores como

meio ou fim. Um exemplo concreto foram os

bancos: apesar do fim do sistema ter sido

adiado diversas vezes pela Microsoft, cerca

de 95% dos caixas eletrônicos do mundo todo

ainda usavam o XP no início de 2014. Quando

o fornecedor do software descontinuou seu

produto, as instituições se viram obrigadas a

realizar a troca de forma abrupta.

Por mais contraditório que possa

parecer, bancos públicos como a Caixa e o

Banco do Brasil não tiveram de passar por

isso, pois haviam migrado anteriormente

seus terminais de autoatendimento para a

plataforma Linux. Se em 2001 os sistemas

operacionais livres como o Linux ainda não

estavam maduros o suficiente para serem

embarcados em dispositivos desse tipo,

hoje, em contrapartida, sua adoção se dá em

massa: celulares, roteadores, smart TVs e até

geladeiras rodam o sistema do pinguim.

Em um mundo no qual a computação se

torna cada vez mais ubíqua e queremos que

as aplicações sejam executadas no maior

número possível de dispositivos, adotar

tecnologias multiplataforma e open source

faz cada vez mais sentido. A recente abertura

do código fonte do .NET, algo impensável em

2000 quando a linguagem foi anunciada, é

uma tentativa de impedir que a plataforma

perca relevância, tornando-a mais presente

em outros sistemas. Em resumo: “vão-se os

dedos, mas ficam os anéis”.

A lição que podemos tirar disso tudo é

que plataformas de desenvolvimento não

são escolhas ingênuas e, de forma geral,

embutem outras consequências indiretas.

Sistemas operacionais, arquiteturas,

stacks, frameworks e disponibilidade de

recursos humanos são apenas algumas

das variáveis envolvidas.

F

[

APLICAÇÕES

COMO AQUELAS

QUE VEMOS

EM CAIXAS

ELETRÔNICOS

SÃO SISTEMAS

DEDICADOS À

EXECUÇÃO DE

APENAS UM

PROGRAMA QUE

NECESSITAM DE

UM SISTEMA

OPERACIONAL

PARA TER ACESSO

A RECURSOS,

COMO REDE

E INTERFACE

GRÁFICA

]

OSENSINAMENTOS

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