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opinião
mercado
Experiência do
Usuário:
o desafio
Marcelo Negrini
Diretor de Evangelismo da
Buscapé Company
E-mail:
Dúvidas:
B
asta olhar o iPhone e o iPad para
ver como o design pode transformar
indústrias inteiras. O mesmo vale
para a web e para o mobile, com o surgimento
de novas tecnologias, como o HTML5, e
novas técnicas, como o design responsivo.
O crescimento da importância da experiência
do usuário (UX) é inegável. Uma pesquisa de
junho de 2013, da E-Consultancy mostra que 49%
das empresas planejam investir mais em UX,
neste ano. Muitas analisam a disciplina como a
base de sua vantagem competitiva.
Para colocar isso em números, uma
pesquisa da Oracle, divulgada em dezembro
de 2012, mostra que 40% de seus entrevistados
gastariam mais com uma determinada empresa
se notasse melhoria na sua experiência geral,
mencionando design e nível de serviços como
fatores importantes. Isso muda a posição de UX,
que passa a ir de uma decisão das empresas
para uma demanda do consumidor.
É fácil entender porquê. A multiplicação
das telas, com smartphones, tablets e
TVs, aumentou a escolha, mas também a
complexidade da jornada do consumidor
para fechar uma compra. Deve-se levar em
consideração que, hoje, de 15% a 40% do tráfego
de uma empresa passa por dispositivos móveis.
A UX ainda é nova o suficiente para ser uma
disciplina terceirizada por muitas empresas.
Outro bom argumento para a terceirização é
manter a objetividade. O profissional de UX
precisa dizer verdades duras e nem sempre
é fácil encarar a reação de seu próprio chefe
recebendo más notícias.
Ainda assim, as grandes empresas
já enxergam valor suficiente em UX para
montar suas próprias áreas, investindo em
pessoal, equipamentos e softwares. Mas é
desafiador encontrar o time certo, posicioná-
lo corretamente e, principalmente, mudar a
cultura da empresa para “encaixar” UX em seus
processos de criação e produção.
Na verdade, quanto mais mensurável for a
contribuição de UX, melhor para o profissional e
para a empresa. UX usa muita teoria e pesquisas,
e nem sempre executivos ou profissionais de
outras áreas têm a formação ou paciência para
acompanhar os raciocínios mais acadêmicos.
Disciplinas novas como a Otimização
de Taxas de Conversão, que nada mais é
do que uma disciplina aplicada de UX, são
melhores entendidas e têm mais impacto, pois
transformam experiência em dinheiro. Talvez
esse seja o caminho para você “vender o peixe”
de UX em sua empresa.
O profissional
de UX
precisa dizer
verdades
duras e nem
sempre é fácil
encarar a
reação de seu
próprio chefe
recebendo
más notícias
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