Page 26 - Locaweb - Edição 36

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Fabio Akita
Cofundador da
Codeminer 42
E-mail: akitaonrails@
codeminer42.com
Existem apenas dois tipos de
produtos no mundo: os bem feitos
e os mal feitos. Há apenas dois
tipos de desenvolvedores web no mundo:
os White hats e os Black hats. E existem
apenas dois tipos de profissionais no
mundo: os inteligentes e os que acham
que são inteligentes.
Search Engine Optimization, ou SEO, não
é algo novo. Todo buscador, como Google, tem
guias bem documentados que, necessariamente,
qualquer desenvolvedor web tem obrigação de
saber. Técnicas documentadas como “melhore a
estrutura das suas URLs” não são dicas voltadas
apenas para SEO. Na verdade, são boas práticas
de programação em geral. Podemos até afirmar
que se um desenvolvedor programa por meio de
boas práticas, o produto final automaticamente já
terá SEO. Alguns falam em SEO como se fosse algo
“extra”. Porém, como uma técnica como “torne seu
site mais fácil de navegar” pode ser algo “extra”?
De qualquer forma, técnicas como as
descritas no “Google SEO Starter Guide”
são conhecidas como White hat. Muitos
programadores web – que na verdade são, no
máximo, “codificadores” ou “costuradores de
código”, mas nunca “programadores” – usam
as técnicas conhecidas como Black hat, ou
seja, aquelas que exploram possíveis defeitos
ou buracos para enganar os buscadores e,
eventualmente, conseguir melhores posições
no ranking. São técnicas usadas pelos
péssimos profissionais e produtos web. Não é
preciso ser gênio: se um site precisa recorrer a
técnicas Black hat, obviamente é porque seu
conteúdo ou utilidade é próximo de zero. Se
um programador implementa essas técnicas,
significa que está em um emprego medíocre de
um site que não tem futuro.
E técnicas Black hat são meramente “bugs”
no sistema que, quando encontradas, são
corrigidas. Aí, muitos desses “codificadores”
reclamam quando o Google muda suas regras.
Para garantir um posicionamento no ranking
de pesquisas de buscadores recorrendo apenas a
boas práticas – White hat –, seu produto precisa
ser bom. Atrair pessoas pelas funcionalidades,
pela usabilidade. Isso dá trabalho, mas é o que
garante um bom negócio no longo prazo.
Para atrair pessoas no curto prazo,
você sempre precisará enganá-las, ser
vigarista, ser imoral, aceitar o fracasso do seu
produto e usar técnicas Black hat para, em um
curto período de tempo, enganar a si mesmo
achando que o aumento de tráfego significa
bons clientes. Ledo engano.
Não é preciso
ser gênio: se
um site precisa
recorrer a
técnicas
Black hat,
obviamente
é porque seu
conteúdo ou
utilidade
é próximo
de zero
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