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Segurançananuvem:
mitoseverdades
Bruno Domingues
Arquiteto de soluções sênior
E-mail:
bruno.domingues@
intel.com
A
eletricidade mudou o mundo
no século 19. Substituiu nas
indústrias o trabalho manual e as
máquinas a vapor. Nos espaços urbanos, as
lâmpadas de querosene foram substituídas
por elétricas. Porém, a energia era gerada
de forma privada, por cada empresa, por
meio de geradores adquiridos da General
Eletric, empresa fundada por Thomas
Edison. A verdadeira revolução veio com
a criação das redes elétricas, oferecendo
energia para as empresas e cobrando pelo
consumo de cada uma. Mais tarde, novas
formas de tarifação foram criadas para
explorar o máximo da sua infraestrutura:
taxas menores pela energia consumida de
madrugada e sobretaxas nas horas de pico.
Consequentemente, a energia gerada em
uma empresa não tinha como competir com o
ganho de escala oferecido pela rede elétrica,
o que mais tarde chegou aos domicílios e
viabilizou a refrigeração, a conservação de
alimentos, o surgimento de supermercados e o
estabelecimento da vida moderna. Foi a rede
elétrica, não necessariamente a energia, que
realmente mudou a vida das pessoas.
A computação em nuvem é uma
realidade hoje e o ganho de escala provido
é inquestionável. Porém, diferentemente da
energia elétrica, que é uma commodity, a
informação de uma empresa não é, em muitos
casos, o diferencial competitivo. Portanto,
como ter o ganho de escala ao mesmo tempo
em que se mantêm seguras as informações?
Primeiro, é preciso desconstruir a ideia de
que qualquer informação na nuvem não está
segura. Na verdade, em vários aspectos é na
nuvem que se consegue mais resistência à
indisponibilidade. As melhores oportunidades
residem na garantia de sigilo, integridade
e auditoria. No entanto, mesmo essas áreas
seguras têm apresentado evolução nos últimos
anos, como é o caso dos pools de computadores
seguros, que permitem validação via hardware
da integridade do hypervisor pela instrução
Trusted Execution Technology (i.e. TXT) e o
teste da integridade de cada máquina virtual de
forma independente. Essa abordagem permite
a uma mesma infraestrutura compartilhar
serviços com níveis de criticidade distintas.
Apesar dos avanços, ainda há espaço
para melhorias. O fato é que a computação
em nuvem tem o potencial de trazer grandes
receitas. Basta para isso dosar bem o risco e os
ganhos. E, sem dúvida, são essas expertises que
trarão o resultado competitivo positivo.
Arquiteto
sênior de
soluções da
Intel e Gilberto
Mautner,
CEO da
Locaweb, irão
compartilhar
informações
sobre Cloud
Computing
nas próximas
edições e
webcasts.
Fique atento às
novidades
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