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futuro

high-tech

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REVISTA LOCAWEB

Como o CrowdPet funciona?

O CrowdPet é uma plataforma virtual

colaborativa desenvolvida para ajudar

pessoas a encontrar animais perdidos.

Hoje em dia, quem passa por isso

precisa fazer um trabalho bastante

manual, recorrer a redes sociais, colar

cartazes e conversar com as pessoas nas

redondezas. O aplicativo visa facilitar

esse processo, pois é alimentado por

fotos feitas de animais em situação

de rua. Dessa forma, se alguém está

à procura do pet perdido, pode

encontrá-lo na base de dados do

CrowdPet. A ideia é que a tecnologia

cruze as características do seu animal

com os que constam na base de dados e

exiba os resultados automaticamente.

Quais tecnologias foram

empregadas e de que forma

atuam no funcionamento do

aplicativo?

Há diversos métodos

aplicados ao CrowdPet, mas um dos

que se destacam é a inteligência

artificial, por meio da tecnologia de

reconhecimento facial humano. Ela foi

adaptada a animais, por exemplo, e

consegue distinguir um cão de um gato,

mas ainda precisamos aprimorá-la.

Quando o animal fica muito tempo

na rua, pode mudar sua aparência

por causa da sujeira acumulada. Em

situações como essa, o reconhecimento

ainda não teve 100% de acerto,

mas chegamos a 70%. O objetivo é

aprimorar cada vez mais.

Atualmente, em quase fase

está o projeto?

Nós passamos

pela primeira fase, que foi a de

desenvolvimento da tecnologia e os

primeiros testes realizados dentro da

Fapesp. Temos um piloto funcionando

na cidade de Vinhedo (SP), mas

miramos outras prefeituras também.

Acreditamos que são potenciais clientes

do CrowdPet, além de ONGs e do setor

veterinário.

De que forma esse piloto vem

funcionando em Vinhedo?

Na cidade, as ações com o CrowdPet

começaram em agosto, em três bairros.

Temos auxiliado na intermediação de

campanhas de vacinação, por exemplo,

e também no registro, em primeiro

momento, dos animais domésticos

que as pessoas da cidade têm em

casa. Tudo isso para alimentar o banco

de dados. Outra iniciativa ocorreu

durante o Agosto Lilás, campanha de

conscientização ao combate do câncer

animal. Nós efetuamos registro dos

animais durante as ações.

Quais serão os próximos passos

do CrowdPet?

Queremos trabalhar

na tecnologia que diferencia os cães,

por exemplo. Para isso, continuamos

adaptando métodos de reconhecimento

facial. Acredito que o aprimoramento

vai nos mostrar de que modo as fotos

devem ser tiradas para que a inteligência

artificial da plataforma seja capaz de

diferenciar animais. Se conseguirmos

o aporte da Fapesp para essa próxima

fase, acredito que até a metade de 2018

teremos a próxima etapa concluída.

Qual foi a sua inspiração para

empreender no setor?

Sempre

tive animais em casa e também contato

com outras pessoas que tinham

pets. Quem perde um animal sente

muito, e eu enxergava a energia que

a pessoa aplicava para reencontrar o

bichinho. Pensei que, com inúmeras

tecnologias desenvolvidas e os animais

representando tanta importância na vida

das pessoas, era preciso fazer algo para

ajudar. A partir de então, saí em busca

de uma equipe que quisesse se dedicar à

ideia e fundei a empresa. Agora, os frutos

começam a ser colhidos.

Fábio: “com inúmeras tecnologias surgindo e a importância dos animais, era preciso fazer algo para ajudar”

Acredito que o

aprimoramento dos

meios de reconhecimento

facial vai mostrar de que

modo as fotos devem

ser tiradas para que a

inteligência artificial

diferencie os animais