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REVISTA LOCAWEB

realidade

virtual

Marcelo Abrahão,

fisioterapeuta da

Clínica Fares

O principal

diferencial

da tecnologia é a

possibilidade de usar

a terapia com um

enfoque lúdico, para

alcançar os objetivos

da reabilitação

Marcelo Abrahão,

fisioterapeuta da Clínica Fares

Sociedade

e violência

Emmarço do ano passado,

o Governo do Estado do

Pará, em parceria com a

Fundação Pro Paz, usou

a realidade virtual para

promover uma ação com

objetivo de conscientizar a

sociedade sobre a violência

que mulheres sofrem todos

os dias no Brasil. Por meio

de um vídeo e óculos VR, a

ação colocava pessoas no

papel de vítimas expostas a

diferentes atos de violência

física e emocional ao longo

de um dia. A ideia era expor

os homens à realidade

dessas mulheres, para

acender o debate sobre

os prejuízos do machismo

e da violência contra a

mulher para a sociedade.

podem experimentar se passa

dentro de uma nave espacial.

Do lado de fora, uma série de

asteroides ronda a espaçonave.

O “comandante” tem um canhão

que, quando acionado, atira e

os destrói. Mas, para disparar, o

paciente precisa ativar o músculo

exato que está sendo tratado.

Do computador, Marcelo

observa em tempo real o quanto

de força o paciente está fazendo.

Dessa forma, pode controlar a

intensidade do exercício para

personalizar a dificuldade de

acordo com os objetivos da terapia.

Ao final, é gerado um relatório

específico mostrando o quanto a

sessão foi eficaz e a probabilidade

de melhora a cada dia.

“O principal diferencial da

tecnologia é a possibilidade de

usar a terapia com um enfoque

lúdico, para alcançar os objetivos

da reabilitação”, destaca o

profissional. Além disso, a

realidade virtual ajuda a reduzir

o tempo de terapia e consegue

resultados mais assertivos. O que,

segundo Marcelo, é positivo não

só para o paciente como também

para o trabalho do fisioterapeuta.

Psicologia

Nos últimos três anos, por

conta do avanço dos smartphones

e do acesso cada vez mais fácil

a aplicativos voltados à saúde

mental, o uso da realidade virtual

se tornou aliado no tratamento

de traumas. Nataly Martinelli,

psicóloga clínica da Solar PSI,

tem usado a tecnologia como

complemento no processo

terapêutico dos pacientes.

Com o uso da VR, tornou-se

possível simular e expor os

pacientes ao seu objeto fóbico com

muito mais facilidade e segurança,

sem sair do consultório. “No

caso de uma pessoa com fobia

de sangue ou injeção, podemos

simular um ambiente de hospital,

no qual ele visualiza o momento

da extração de sangue, por

exemplo”, comenta.

Na sessão virtual, o paciente

usa óculos VR, fones de ouvido e

o aparelho de biofeedback, que

adota eletrodos para controlar

os sinais vitais e o nível de

ansiedade. De acordo com Nataly,

a tecnologia tem ajudado no

tratamento de fobias, como voar,

agulhas, animais, direção, falar

em público, escuro e lugares

fechados, além de condições

como TOC, ansiedade em geral e

síndrome do pânico.