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entrevista

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REVISTA LOCAWEB

Como foi essa experiência

de começar um negócio no

próprio apartamento?

Foi uma

caminhada interessante. Começamos

de forma despretensiosa, em uma

sala com vista para o estádio do

Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Mesmo ainda inseguros em relação ao

resultado, queríamos empreender. No

fim, foi a melhor iniciativa possível,

justamente pela proximidade

criada com os alunos. Depois da

aula, ficavam lá para bater papo.

Mantivemos esse esquema durante o

primeiro semestre de 2015. Depois,

abrimos uma unidade pequena e

também fomos para um espaço de

coworking. Considero que esse tempo

no apartamento foi fundamental para

sairmos do amadorismo.

A Buddys foca no público

de 7 a 16 anos, por quê?

Queríamos explorar um nicho de

mercado que ainda não era atendido

no Brasil. Já existiam vários cursos

profissionalizantes, mas nenhum voltado

para essa faixa etária. Para os jovens,

aprender programação ainda na infância

ou na adolescência é uma grande

vantagem. Assim como o aprendizado

de uma nova língua, os conhecimentos

de programação vão para uma região

do cérebro responsável por linguagens

naturais. Por conta disso, essas crianças

têm facilidade em adquirir habilidades

do século 21 logo cedo.

Quais tipos de projetos são

desenvolvidos pelos alunos da

Buddys?

Todos aqueles que envolvem

tecnologia e empreendedorismo. Já

surgiram games educativos, plataformas

sociais, acessório para cegos, aplicativo

de compras, software de inteligência

artificial e muitos outros. Um dos projetos

de que mais gostei até hoje foi o do

joguinho Genius, aquele bem conhecido,

no qual você precisa decorar as cores e

repetir a sequência. Ele foi recriado por

um aluno de 8 anos. O que mais chamou

a atenção foi a complexidade do projeto

e a forma como foi feito por uma criança.

É de deixar qualquer programador de

queixo caído. Também gosto bastante

de uma plataforma desenvolvida para

calcular a quantidade necessária de

ferro para bebês e recém-nascidos.

Além disso, temos alguns trabalhos

expoentes. Um dos nossos alunos,

por exemplo, acabou de criar uma

startup. Ele desenvolveu um aplicativo

concentrador de serviços, no qual as

pessoas podem anunciar seus trabalhos.

Quais são os equipamentos

e softwares usados nas

aulas?

Nós temos uma plataforma

de conteúdo própria. São espécies de

apostilas online com vídeos e aulas

interativas. O conteúdo abordado

exige o uso de outras ferramentas,

que variam desde opções lúdicas,

como bloquinhos e robôs para os

menores, até sistemas profissionais

para os maiores, que envolvem

desenvolvimento web e artes digitais.

Quanto os alunos pagam

para estudar na Buddys?

O tíquete

médio da rede é de R$ 260 por mês.

Quando perceberam que

poderiam transformar o

negócio em franquias? Como

foi realizada essa transição?

Foi um processo natural. A demanda

surgiu dos próprios pais dos nossos

alunos. Eles nos procuraram após

entender que outros pais teriam

a mesma carência de encontrar

atividades que incentivassem o uso

consciente da tecnologia nos primeiros

anos de vida de seus filhos. Preparamos

um planejamento para a abertura

dessas unidades. As primeiras foram

inauguradas no começo de 2017.

Quais as expectativas para

o futuro da Buddys?

Queremos

ser referência nomercado não só pelo

tamanho como pelos cases de sucesso.

No próximo ano, vamos enviar umaluno

da rede para o Vale do Silício, nos Estados

Unidos, como forma de empoderá-lo.

Acho que é umbom caminho para gerar

experiências enriquecedoras.

Escola de programação foi desenvolvida por Breno, Matheus, Marlon e Marcelo (pág. ao lado, da esq. para a dir.)

Assim como ocorre

com o aprendizado

de uma nova língua, os

conhecimentos de

programação vão

para uma região do

cérebro responsável por

linguagens naturais