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4

REVISTA LOCAWEB

ao

leitor

D

ois bolsos. Um do lado esquerdo, outro do lado direito.

Esse era o destaque da camisa que Jean Paul Jacob vestia

em 2001, durante uma entrevista em que falava sobre os

benefícios da internet das coisas (IoT). À época, o visionário

cientista da IBM esperava que, num futuro próximo, ao caminhar em

frente a uma loja, seria automaticamente avisado pelo celular se ela

tinha no estoque uma camisa com dois bolsos – algo de que ele gostava

bastante, mas praticamente desistia de comprar por perder muito

tempo procurando pelos raros modelos do gênero.

Dezesseis anos se passaram e o conceito dos objetos conectados

entre si tornou-se uma realidade que vai além do que se imaginava,

como as geladeiras que avisariam quando estivesse faltando algo ou

cafeteiras que saberiam o momento mais propício para deixar o café

prontinho. Por mais que essas tecnologias ainda não estejam acessíveis

ao grande público, podemos encará-las como coisas do passado. Algo

viável, que só não é mais aplicado porque soluções para necessidades

mais vitais clamam para serem exploradas.

Hoje, parece faltar gente e ideias nomercado que usufruam

o poder da IoT. A exceção é a indústria, que vempromovendo uma

revolução emdiversas áreas coma personalização de itens semgrandes

prejuízos para o processo de produção emmassa. É a chamada Indústria

4.0, que abre caminho para umuniverso de possibilidades infinitas.

Felizmente, universidades do Brasil e do mundo começam a

formar as primeiras levas de profissionais capacitados a expandir a

IoT. Em uma velocidade arrebatadora, a tendência é observarmos nos

próximos anos o surgimento de carros inteligentes, exames médicos

automatizados e uma série de outras tecnologias que farão essas linhas

ficarem obsoletas num piscar de olhos. Finalmente, Jean Paul poderá

encontrar commais facilidade suas camisas de dois bolsos. E nem

precisará pesquisar na internet. Talvez seu armário resolva a questão.

Trata-se de um (ou ummonte de) novo(s) mercado(s) surgindo.

Uma nova era para quem deseja empreender. Vale a pena estudar,

colocar a cabeça para funcionar e enxergar a tecnologia com outros

olhos. Nunca na história houve uma abertura tão grande para a criação

de novos negócios que atendam alguma necessidade pouco explorada

das pessoas e, assim, obtenham sucesso. Só é bom agir logo, de

preferência antes que alguém ou alguma coisa tome a dianteira.

Boa leitura.

Luis Carlos dos Anjos

Gerente de Marketing da Locaweb

Umanovaera

revista

locaweb

#73