segurança
digital
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REVISTA LOCAWEB
merece investimento é bem
básica, mas não deixa de ser
relevante: backup. “Sempre
tenha uma cópia de segurança.
Ou melhor, várias. Tem um
ditado que diz que quem tem
um backup não tem nada, quem
tem dois possui meio e quem
tem três, talvez, tenha um”,
brinca Wolmer. Isso porque não
é incomum encontrar alguém
que fez um backup em um
pendrive ou HD externo e, na
hora de recuperar os dados,
percebe que o dispositivo está
queimado ou corrompido.
Para evitar isso, o melhor do
mundo é ter backups nas mais
variadas plataformas.
criminoso. A moeda digital
favorita é o bitcoin.
Por mais que o pânico tenha
sido global, os ataques podiam,
sim, ter sido evitados com uma
série de medidas relativamente
simples. “Se as vítimas tivessem
seguido as orientações do
fornecedor e aplicassem as
atualizações necessárias,
nada disso teria ocorrido. Nos
dois casos, a vulnerabilidade
explorada pelos cibercriminosos
era a mesma e já havia sido
reportada. Desde setembro
de 2016, a Microsoft orientava
os usuários do Windows a
desabilitar o protocolo SMB1,
por exemplo”, lembra Marco.
Mas se manter atualizado é
apenas parte da solução. Para
blindar o negócio, é importante
que as empresas tenham uma
política de segurança clara
e eficiente que direcione o
gerenciamento de dispositivos,
o controle das permissões de
usuários e o monitoramento
ativo de mudanças em
configurações. É ela que deve
assegurar que o usuário vai
atualizar o sistema ou baixar um
novo pacote de correção.
Na prática, é importante
educar os funcionários para
que não se tornem vítimas e
contaminem o empreendimento.
“O usuário é o elo mais frágil e
cria brechas para as ameaças
virtuais, seja clicando em um
link errado, seja fornecendo
informações que facilitem
a entrada de criminosos no
sistema da empresa. Educá-lo é
essencial para evitar contágio. O
aprendizado resulta em rápida
melhoria na identificação de
novas potenciais ameaças”,
comenta Marco.
Outra medida que poderia
evitar os ataques globais é ter um
Casos emblemáticos
Ter algumas cópias de segurança espalhadas
poderia ter salvado algumas empresas de
ciberataques globais devastadores, como o
WannaCry e o Petya.
O primeiro foi um ciberataque que atingiu
empresas ao redor do mundo. Em apenas três dias,
a ameaça criptografou arquivos de mais de 200
mil vítimas em pelo menos 150 países. Já o Petya
infectou principalmente a Ucrânia, afetando mais
de 12 mil computadores. Outros 64 países também
foram prejudicados, incluindo Brasil, Alemanha,
Rússia e Estados Unidos.
Ambas as ameaças usaram um vírus do tipo
ransomware, modalidade de malware que sequestra
o computador da vítima, criptografando os dados
e impedindo o acesso. Os bandidos exigem um
resgate em dinheiro para retomar o conteúdo.
Geralmente, o pagamento deve ser feito por
criptomoedas, o que dificulta o rastreamento do
Gustavo Fantin, da Tray, lembra que os
usuários da unidade da Locaweb não
precisam contratar certificados de fora