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CADÊ O

DINHEIRO?

E

m algum momento da década passada (ou retrasada), os

postos de gasolina pararam de aceitar cheques. Aos

poucos, vários estabelecimentos foram adotando a praxe.

Com o crescente uso de máquinas e de cartões de débito e

de crédito, aceitar cheques virou exceção. Essa mudança

de padrão foi uma das primeiras, no mundo moderno, a

deixar mais claro o papel do dinheiro como símbolo. Saía de cena o

talão e entrava, com força, o plástico.

Há algumas semanas, em um mercadinho de bairro, vi uma placa

em que se lia "por falta de troco, pagamento somente com cartão". Em

outras palavras: não aceitamos dinheiro vivo. Esse tipo de comunicado

ainda é exceção, claro. Mas algo (a reportagem de capa desta edição,

no caso) me diz que ficará cada vez mais frequente. Cada vez mais, sai

de circulação o símbolo e fica o que ele é: poder aquisitivo. Não é mais

representado por notas de papel ou por círculos de aço, cuproníquel e

afins. Em seu lugar, dados digitais, smartphones e pulseiras.

Pode parecer algo distante, mas não é. Basta pensar que operações

de e-commerce já são realizadas sem que pessoas ao redor do

mundo tenham que contar notas ou quebrar porquinhos. No Brasil,

por exemplo, são 40 milhões delas fazendo transferências online e

recebendo em casa o que desejam.

Já há serviços que, inclusive, nasceram com a ideia de receber

via cartões por pagamento online e, somente depois de um tempo,

começaram a aceitar dinheiro. O Uber no Brasil é o exemplo principal

disso – se você não possuía cartão e smartphone, não poderia usufruir

do serviço. Quer saber mais como anda essa história e onde ela

irá parar? A partir da página 32, a reportagem completa de como o

dinheiro já está acabando com o papel-moeda.

Boa leitura.

Fernando Cirne

Diretor de Marketing

Já há serviços que,

inclusive, nasceram com

a ideia de receber via

cartões por pagamento

online e, somente depois

de um tempo, começaram

a aceitar dinheiro. O Uber

no Brasil é o exemplo

principal disso

REVISTA LOCAWEB

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