Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  35 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 35 / 68 Next Page
Page Background

35

Renato

Portugal,

pesquisador do

Laboratório

Nacional de

Computação

Ciêntifica

(LNCC)

IBM Quantum Experience promete ser uma boa opção para melhorar o trabalho de pesquisadores e cientistas

paciência. Para isso, obviamente, um PC comum

resolve. Entretanto, a tecnologia promete ser uma boa

opção a pesquisadores e cientistas.

Segundo documentos da IBM revelados à

Revista Locaweb

, a computação quântica pode

ser usada em pesquisas relacionadas a física e a

química. Isso porque ela permite que os cientistas

criem novos tipos de materiais e compostos de

drogas sem necessidade de fazer testes caros e com

chances de erros no laboratório.

Para Fábio Assolini, analista sênior de segurança

da Kaspersky Lab no Brasil, o poder computacional

da tecnologia quântica vai ser de extremo valor

¢ KXPDQLGDGH Û(OD SRGHU£ SURFHVVDU RSHUD©·HV

complexas e demoradas mais rapidamente. Setores

como saúde, pesquisas com células-tronco e

VHTX¬QFLD GH '1$ RWLPL]D©·HV ORJ¯VWLFDV UHGHV

QHXUDLV H SURMHWRV GH LQWHOLJ¬QFLD DUWLíFLDO VHU¥R RV

PDLV EHQHíFLDGRVÜ UHVVDOWD

“Atualmente, uma pessoa tem que estudar

a base da computação quântica até entender

os detalhes dos algoritmos conhecidos, como

o de Shor, para poder fazer alguma coisa com

computadores quânticos”, explica Portugal. Ele

acredita que a necessidade de conhecer técnicas

de matemática como álgebra linear, espaços

vetoriais e matrizes também assusta as pessoas

que pensam em aventurar-se no universo da

computação quântica.

MÁQUINAS

Os computadores quânticos precisam de

cuidados especiais e demoram certo tempo para

serem construídos. Atualmente, a canadense D-Wave

Systems desenvolve essas máquinas e as comercializa

para o público. Ela foi fundada em 1999.

A D-Wave também foi pioneira em lançar um

computador quântico comercial, chamado D-Wave

One. A máquina foi inserida no mercado em 2010.

Desde então, a indústria tenta duplicar o número de

qubits a cada ano. Em 2013, lançou o D-Wave Two, que

conta com 512 qubits. Dois anos depois, os canadenses

anunciaram o D-Wave 2X, que é equipado commais de

1.000 qubits.

O D-Wave 2X, inclusive, está sendo usado no

/DERUDWµULR GH ,QWHOLJ¬QFLD $UWLíFLDO 4X¤QWLFD RSHUDGR

em conjunto por Google e Nasa, no Nasa Ames

Research Center, nos Estados Unidos. A empresa

HVSDFLDO TXHU XVDU VROX©·HV TX¤QWLFDV SDUD UHVROYHU

problemas diversos. Otimizar as rotas do robozinho

&XULRVLW\ HP0DUWH H RUJDQL]DU DWLYLGDGHV GH HVWD©·HV

espaciais são alguns deles.

Apesar da D-Wave anunciar que seu último

equipamento conta com 1.000 qubits, Portugal e

DOJXQV PHPEURV GD FRPXQLGDGH FLHQW¯íFD GHVFRQíDP

GD DíUPD©¥R Û&RPR DV LQIRUPD©·HV Q¥R V¥R DEHUWDV

existemmuitas controvérsias sobre o quão quântico

é o processador usado no computador da D-Wave.

Entretanto, não há muitas dúvidas de que existe a

presença do emaranhamento nele”, diz o pesquisador.

Para entender o emaranhamento, pode-se pensar em

XP íR GH O¥ OLWHUDOPHQWH HPDUDQKDGR 2V TXELWV VH

PRYHP HP GLIHUH©·HV GLYHUVDV HP DOWD YHORFLGDGH

H FRP LVVR Y¥R VH HPDUDQKDQGR 4XDQWR PDLV VH

"enroscam", mais poder de processamento garantem.

“A questão central é quantos qubits podem estar

REVISTA LOCAWEB

COMPUTAÇÃO QUÂNTICA