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Renato
Portugal,
pesquisador do
Laboratório
Nacional de
Computação
Ciêntifica
(LNCC)
IBM Quantum Experience promete ser uma boa opção para melhorar o trabalho de pesquisadores e cientistas
paciência. Para isso, obviamente, um PC comum
resolve. Entretanto, a tecnologia promete ser uma boa
opção a pesquisadores e cientistas.
Segundo documentos da IBM revelados à
Revista Locaweb
, a computação quântica pode
ser usada em pesquisas relacionadas a física e a
química. Isso porque ela permite que os cientistas
criem novos tipos de materiais e compostos de
drogas sem necessidade de fazer testes caros e com
chances de erros no laboratório.
Para Fábio Assolini, analista sênior de segurança
da Kaspersky Lab no Brasil, o poder computacional
da tecnologia quântica vai ser de extremo valor
¢ KXPDQLGDGH Û(OD SRGHU£ SURFHVVDU RSHUD©·HV
complexas e demoradas mais rapidamente. Setores
como saúde, pesquisas com células-tronco e
VHTX¬QFLD GH '1$ RWLPL]D©·HV ORJ¯VWLFDV UHGHV
QHXUDLV H SURMHWRV GH LQWHOLJ¬QFLD DUWLíFLDO VHU¥R RV
PDLV EHQHíFLDGRVÜ UHVVDOWD
“Atualmente, uma pessoa tem que estudar
a base da computação quântica até entender
os detalhes dos algoritmos conhecidos, como
o de Shor, para poder fazer alguma coisa com
computadores quânticos”, explica Portugal. Ele
acredita que a necessidade de conhecer técnicas
de matemática como álgebra linear, espaços
vetoriais e matrizes também assusta as pessoas
que pensam em aventurar-se no universo da
computação quântica.
MÁQUINAS
Os computadores quânticos precisam de
cuidados especiais e demoram certo tempo para
serem construídos. Atualmente, a canadense D-Wave
Systems desenvolve essas máquinas e as comercializa
para o público. Ela foi fundada em 1999.
A D-Wave também foi pioneira em lançar um
computador quântico comercial, chamado D-Wave
One. A máquina foi inserida no mercado em 2010.
Desde então, a indústria tenta duplicar o número de
qubits a cada ano. Em 2013, lançou o D-Wave Two, que
conta com 512 qubits. Dois anos depois, os canadenses
anunciaram o D-Wave 2X, que é equipado commais de
1.000 qubits.
O D-Wave 2X, inclusive, está sendo usado no
/DERUDWµULR GH ,QWHOLJ¬QFLD $UWLíFLDO 4X¤QWLFD RSHUDGR
em conjunto por Google e Nasa, no Nasa Ames
Research Center, nos Estados Unidos. A empresa
HVSDFLDO TXHU XVDU VROX©·HV TX¤QWLFDV SDUD UHVROYHU
problemas diversos. Otimizar as rotas do robozinho
&XULRVLW\ HP0DUWH H RUJDQL]DU DWLYLGDGHV GH HVWD©·HV
espaciais são alguns deles.
Apesar da D-Wave anunciar que seu último
equipamento conta com 1.000 qubits, Portugal e
DOJXQV PHPEURV GD FRPXQLGDGH FLHQW¯íFD GHVFRQíDP
GD DíUPD©¥R Û&RPR DV LQIRUPD©·HV Q¥R V¥R DEHUWDV
existemmuitas controvérsias sobre o quão quântico
é o processador usado no computador da D-Wave.
Entretanto, não há muitas dúvidas de que existe a
presença do emaranhamento nele”, diz o pesquisador.
Para entender o emaranhamento, pode-se pensar em
XP íR GH O¥ OLWHUDOPHQWH HPDUDQKDGR 2V TXELWV VH
PRYHP HP GLIHUH©·HV GLYHUVDV HP DOWD YHORFLGDGH
H FRP LVVR Y¥R VH HPDUDQKDQGR 4XDQWR PDLV VH
"enroscam", mais poder de processamento garantem.
“A questão central é quantos qubits podem estar
REVISTA LOCAWEB
COMPUTAÇÃO QUÂNTICA