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CARACTERÍSTICAS
O Bitcoin foca quatro características principais:
rapidez, custo baixo, ausência de intermediários
e pagamento pseudônimo. O primeiro ponto
representa o fato de o processo geral ser mais
rápido do que ocorre atualmente na internet. Ou
seja, enquanto nas transações online convencionais
realizadas hoje o comerciante pode esperar até
40 dias para receber o dinheiro se o cliente pagar
com cartão de crédito, com a moeda digital esse
tempo cai para, no máximo, três dias.
A segunda vantagem diz respeito às taxas
pagas. “Quando se faz um DOC para bancos
diferentes, você transfere R$ 10 e o banco cobra
PDLV 5 GH WD[D 1R íQDO YRF¬ SDJD 5 SHOR
produto ou serviço. Com o Bitcoin, a taxa vai
custar zero ou próximo a isso”, conta Flavio Pripas,
CEO da primeira empresa brasileira de câmbio de
Bitcoin, a Bitinvest (
www.bitinvest.com.br).
A terceira característica conferida à moeda
virtual diz respeito ao fato de ela não precisar de
um intermediário para conduzir a transação. “Com
o Bitcoin é possível, por exemplo, comprar um
fone de ouvido ou um automóvel pela internet sem
a intervenção de um banco ou de qualquer outro
intermediário, algo impensável até seu
surgimento”, explica Davi.
O último ponto é o pagamento pseudônimo
oferecido pelo Bitcoin. De acordo com Pripas,
há quem critique o sistema por ele oferecer
transações totalmente anônimas, o que seria
preocupante por não deixar qualquer tipo de
rastro, mas isso é um mito. “Os pagamentos feitos
via Bitcoin não usam o nome da pessoa, o que é
uma vantagem. Mas, como ocorre no comércio
tradicional de rua, as transações com a nova
moeda adotam um código que representa quem
está fazendo o negócio. Portanto, o processo não
é feito no anonimato. É como em pagamento via
O Coin Coin
usa materiais
escritos,
videoaulas
gratuitas
e cursos
presenciais
para ensinar,
de forma
didática, tudo
o que rola no
universo da
moeda digital
2 VLWH GD RíFLQD GH ELFLFOHWDV /DV
Magrelas
( www.lasmagrelas.com.br )entrou na onda do Bitcoin por
acreditar na ideologia da nova
moeda. “Aderimos ao sistema
principalmente por ele funcionar
VHP D LQîX¬QFLD GH LQWHUPHGL£ULRV
entre as transações”, diz a
sócia-proprietária da empresa,
Talita Noguchi. Já o engenheiro
de soluções Fernando Bohrer
( www.fernandobohrer.com )aplicou
a opção em seu site primeiramente
por curiosidade. “Depois de entender
o processo de conversão da moeda
corrente para Bitcoin e o caminho de
volta, não vi motivos para não usar
a tecnologia”, explica o proprietário
da empresa que leva seu nome e
oferece uma série de serviços online.
Segundo Talita, o uso da moeda
diminuiu um pouco nos últimos
meses, apesar de ela considerar
que a tecnologia está crescendo no
País. “Como o valor do Bitcoin deu
uma subida, os clientes decidiram
investir e vender em vez de
gastá-los com produtos”, explica.
Bohrer também vê o mercado
UHVWULWR (OH Q¥R íUPRX FRQWUDWR
com Bitcoin nos últimos seis meses
e acredita que, para ganhar fôlego,
R VLVWHPD SUHFLVD íFDU PDLV FODUR
junto ao público. “O dono de uma
cafeteria sabe fazer seu trabalho
e atender os consumidores, mas
GLíFLOPHQWH HQWHQGH R TXH « XP
algoritmo de hash. Essa falta de
esclarecimento sobre os detalhes
técnicos envolvidos no processo de
negociação gera certo receio”, conta.
Para conhecer mais
estabelecimentos que aceitam
Bitcoins, basta entrar no site da
CoinMap
( http://coinmap.org ).
Com acesso a sua localização,
ele mostrará os lugares próximos
a você que aceitam a moeda
digital. Atualmente, há cerca de
80 comércios cadastrados no Brasil.
ELES JÁ
USAM BITCOIN
REVISTA LOCAWEB
ESPECIAL