lw
opinião
mercado
Umnovomercado
emcrescimento
Fabio Akita
Cofundador da
Codeminer 42
E-mail:
akitaonrails@
codeminer42.com
O
mercado brasileiro sempre foi
conhecido por estar brincando
de pega-pega, à sombra do Vale
do Silício. No fim do século passado,
os pioneiros da internet brasileira
pavimentaram nosso caminho, criando
infraestrutura e exemplos de novos
negócios. Infelizmente, fomos vítimas do
estouro da bolha em 2001, um acidente de
percurso que deixou sequelas.
Uma década depois, o mercado se dividiu
em pelo menos duas grandes partes. De um
lado estão os grandes e retrógrados sistemas
corporativos em grandes corporações ou no
governo. De outro, os pequenos e mal-acabados
sites publicitários, institucionais. No meio,
uma grande área cinzenta, pouco definida, mal
explorada. Recentemente, iniciamos uma nova
renascença: uma segunda geração de jovens
empreendedores e investidores preenchendo a
lacuna que ficou aberta desde a última bolha.
O advento das redes sociais ajudou a iniciar
essa mudança, pois um dos aspectos que os
e-commerces apontavam como motivo para não
investir era a dificuldade em divulgar seu site.
Agora, além de resultados em buscadores como
Google, há a divulgação orgânica via campanhas
em redes sociais, como Facebook e Twitter.
Mais do que isso, este ano possivelmente
vamos ver a chegada da loja virtual da
Amazon.com ao Brasil. Ela é considerada
o e-commerce mais inovador do mundo,
com recursos que nenhuma brasileira ainda
tem. Entre eles, resultados de procura com
inteligência e personalização, não só uma
listagem opaca. Isso sem falar em sistemas
de revisão dos produtos pelos consumidores
baseado em algoritmos de recomendação
e reputação, logística eficiente com curtos
prazos de entrega e informações reais
de disponibilidade, e design limpo com
preocupação em usabilidade.
Novos produtos no Brasil já se diferenciam.
Um exemplo recente é o investimento da
brasileira Monashees Capital na startup
Olook.com.br, e-commerce que iniciou atividades
com um site que coleta preferências pessoais,
com base em respostas de um questionário, e
depois mostra vitrines de produtos compatíveis
com esses gostos. É um exemplo de mudança
em e-commerce. Os gringos já descobriram
nosso mercado virgem: muitas novas startups
brasileiras são lideradas por CEOs que vieram
dos EUA para arriscar aqui. De quem será o
futuro Vale do Silício brasileiro? De brasileiros ou
de gringos? Esse é o momento da decisão.
Os gringos já
descobriram
nosso mercado
virgem: muitas
novas startups
brasileiras
são lideradas
por CEOs
que vieram
dos EUA para
arriscar aqui.
De quem
será o futuro
Vale do Silício
brasileiro?
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